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Integração lusófona marcou a Bienal do Livro de São Paulo
Douglas Cavallari (Correspondente no Brasil - S.Paulo) · quarta, 1 de setembro de 2010 · Internacional Realizada entre os dias 12 e 22 de agosto, a terceira maior feira de livros do mundo homenageou e promoveu a integração entre os escritores e jornalistas de Língua Portuguesa. O legado de José Saramago esteve entre os grandes destaques. |
Segundo os organizadores, cerca de 740 mil pessoas visitaram a edição 2010 do evento. |
21967 visitas Uma das maiores e mais tradicionais feiras de livros do mundo (menor apenas que as mostras de Frankfurt e Turim), a Bienal Internacional do Livro de São Paulo apostou na força da integração dos povos lusófonos em sua 21ª edição. Relembrando a importância da obra e o exemplo de vida de José Saramago, o evento aproximou grandes escritores, jornalistas e cineastas de Língua Portuguesa. A Lusofonia foi oficialmente uma das homenageadas em 2010. Além dos convidados lusófonos, o tema ganhou uma sala especial, o “Espaço da Lusofonia”, onde foram realizadas dezenas de palestras, recreações e a exposição de fotografias “Portugal Tri-Legal”, de Mônica Delicato, jornalista e fotógrafa brasileira radicada em Vila Nova de Gaia. O local também promoveu uma integração virtual entre os estudantes dos países da CPLP. No dia 18, o único Prêmio Nobel de Literatura em Língua Portuguesa foi relembrado e reverenciado. O “Tributo a José Saramago” reuniu o escritor brasileiro Luiz Schwarccom os portugueses João Marques Lopes e Miguel Gonçalves Mendes, respectivamente, biógrafo de Saramago e diretor do documentário (em produção) “José e Pilar”. No espaço “Cozinhando com Palavras”, as delícias das culinárias portuguesa e brasileira se misturaram às letras de Eça de Queiróz, que foi homenageado pelo chef português Vitor Sobral. O local também promoveu o workshop “Sabores do Brasil em Portugal”, com a professora e pesquisadora portuguesa Isabel Maria Ribeiro Mendes Drummond Braga e as brasileiras Caloca Fernandes, Paula Pinto, Rosa Beluzzo e Cris Couto. Cada vez mais presentes na cultura brasileira, os escritores lusófonos africanos também marcaram presença. Um dos destaques foi o encontro entre o angolano Ondjaki e o brasileiro Pasquale Cipro Neto, professor de Língua Portuguesa, no debate do polêmico Acordo Ortográfico. Já Mia Couto (Moçambique) e José Eduardo Agualusa (Angola) mergulharam nas histórias que unem África, Brasil e Portugal para desvendar o “Lusotropicalismo”. A Bienal do Livro também foi uma grande oportunidade para os brasileiros conhecerem as obras de outros autores estrangeiros de Língua Portuguesa, como os portugueses Pedro Silva e José Rodrigues dos Santos, o caboverdiano José Luiz Tavares, o moçambicano Luís Carlos Patraquim e o angolano Emanuel Dundão. Além dos escritores, os jornalistas lusófonos também se deram a conhecer, entre os dias 15 e 17, na “Conferência de Jornalistas de Língua Portuguesa”. Marcaram presença os conferencistas Pedro Bicudo (RTP Portugal), Hulda Moreira (RTP Cabo Verde), Messias Constantino (Jornal de Angola), Eduardo Constantino (Rádio Nacional de Moçambique), Carlos Fino (Embaixada de Portugal no Brasil), Mamadu Cande (Rádio Nacional de Guiné Bissau), Amarildo Santos (Sindicato dos Jornalistas de São Tomé e Príncipe), Rose Nogueira e Paulo Markun (TV Brasil), além da expositora Mônica Delicato. A programação ainda incluiu visitas à TV Record de São Paulo e ao Museu da Língua Portuguesa. Ao final do evento, a Federação de Jornalistas de Língua Portuguesa também decidiu avançar com a criação de um portal multimédia, a ser lançado em dezembro. Segundo os organizadores, cerca de 740 mil pessoas visitaram a edição 2010 da Bienal. Realizado numa área de 60 mil metros quadrados, o evento reuniu 350 expositores, mais de 220 mil títulos e promoveu 4.200 lançamentos. Estima-se que mais de 2 milhões de livros em Língua Portuguesa foram colocados à venda pelas editoras participantes. |
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Comentários:
Comentários: A bienal de Sao Paulo foi sem duvida um grande sucesso.Apesar de todos os eventos que festejaram a literatura Portuguesa,faltou o essencial:^livros!!! Visitei a feira como tenho feito sempre nas ultimas 15 edições e,pasmem,não consegui encontrar nos expositores portugueses absolutamente nada para comprar...Houve de facto muitas palestras,festas,homenagens etc...Mas livros para quem quer ler de autores portugueses nada tinha além dos habituais,Lusíadas,Eças,Saramagos,Pessoas e nada mais...Foi uma festa do... "mais do mesmo" Por: ruimachado@gmail.com em: quinta, 2 de setembro de 2010
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