O sistema criado em 2004 para avaliar os profissionais não-docentes das universidades, foi alterado em 2008, quando por medidas legislativas se estipulou o uso de quotas nas avaliações. Com as alterações ao sistema apenas 25 por cento dos funcionários podem ter Muito Bom e Excelente, as notas mais altas e as que mais ajudam a subir na carreira.
Este uso de quotas é segundo a secretária do Departamento de Artes e Letras, Mércia Cabral, injusto pois “nem que existam dez pessoas que são muitas boas, mas só 20 ou 25 (por cento) têm a sua efectiva nota, as restantes acabam por ver a sua avaliação baixar para o bom.” Uma injustiça que segundo a secretária pode ter efeitos perversos a longo prazo e afectar a carreira dos avaliados. “Quem tem um bom, tem um ponto. Para poder subir de posição remuneratória tem de ter 10 pontos. Ora quem tem um ponto demora dez anos a mudar.”
Ás injustiças do próprio sistema de avaliação soma-se a falta de poder efectivo que o SIADAP tem. “A comissão paritária é algo que tem de existir por lei, mas não é por esse caminho que se as pessoas tiverem alguma reclamação a fazer podem ser muito bem sucedidas” diz Mércia Cabral, para quem o sistema legislativo continua a ter na dicotomia prática\\legislação o maior obstáculo.
Estas eleições, que não possuiam lista e onde todos os trabalhadores podiam ser eleitos, tiveram como resultado final a eleição de Paulo Roque e Mário Diogo para membros efectivos do SIADAP.