No passado dia 16 de Março, pelas 21 horas no anfiteatro da Biblioteca Central da UBI, o GAPES dos Serviços de Acção Social da UBI promoveu um colóquio subordinado ao tema “Gestão de ansiedade face aos testes/exames”. O evento teve como oradores Carina Guimarães, docente do departamento de Psicologia e Educação UBI, e Paulo Pessoa, psicólogo. Entre os vários assuntos abordados, foram debatidos conceitos como ansiedade, ansiedade normal e patológica, e estabeleceu-se a diferença entre medo e ansiedade.
Paulo Pessoa, psicólogo que trabalha em colaboração com o GAPES, explicou que “existem três níveis de ansiedade: a cognitiva, fisiológica e comportamental”. Neste sentido, Carina Guimarães deixou algumas dicas sobre como “superar a ansiedade dos alunos de áreas como a Medicina, Gestão, Informática e Ciências da Comunicação”. “Manter os apontamentos organizados ao longo do semestre para um estudo mais eficaz”, para a docente pode ser uma maneira de superar a ansiedade.
O aluno também muitas vezes envereda por estratégias de auto-punição. Estas baseiam-se no seguinte raciocínio: “se me preocupar vou conseguir trabalhar, mas quando mais se punir, mais ansioso fica e consequentemente menos faz”. A preocupação atenua a culpabilização. “É uma perda de tempo pensar que não vamos ter tempo, ou seja qualquer tempo é melhor que tempo nenhum, qualquer tempo aumenta a nossa probabilidade de êxito” defende Carina Guimarães. “Ao pensar que não estou a cumprir os meus planos de estudo fico ansioso, mas temos que determinar prioridades. É tão importante planear o tempo de estudo com o tempo de descanso. As pessoas que estudam na véspera muitas vezes também conseguem e tiram positiva, mas temos que nos conhecer e perceber se basta estudar na véspera ou se tenho que estudar mais tempo”.
Paulo Pessoa explicou que «ninguém percebe ou sabe toda matéria, e não é preciso gostar muito de um tema para o estudar eficazmente”. Em termos de conselhos, este prisólogo defendeu que “é bom ter uma ideia de como os colegas estão a estudar, e é importante reservar, com alguma antecedência, um tempo para resolver exames de outros anos”. Para finalizar o colóquio, os organizadores deixaram uma questão em aberto: «E porque há-de correr mal?».