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A actuação do coro infantil foi um dos momentos altos da noite

 

Conservatório de Parabéns

O Urbi et Orbi foi falar com algumas pessoas que compunham o vasto público que quase encheu o auditório da UBI para saber a sua opinião acerca do concerto. A maioria das pessoas foi unânime, defendendo que o conservatório está de parabéns pelo excelente trabalho que tem realizado e pelas iniciativas que tem desenvolvido.
Margarida Machado, afirma, "gostei muito, foi muito bonito, sobretudo devido à diversificação das músicas e das pessoas participantes. O conservatório tem problemas, como todas as escolas, mas tem feito um bom trabalho ao longo dos anos".
José Vieira, refere que "estas iniciativas são gratificantes e acho que devem continuar, pois é uma base para futuros músicos. Deve-se fomentar o ensino da música para ocupar as crianças com algo educativo e as pessoas usufruírem do prazer que a música dá".
Ausenda Barata, diz satisfeita, "gostei muito e as crianças estavam muito motivadas. O Conservatório deve continuar este trabalho pelo bom nome da casa".
Helder Gouveia, salienta a boa organização e afirma " acho que o concerto estava muito bem organizado, comparado com outros a que já assisti. Foi muito divertido pela diversidade de instrumentos e de vozes que nos animaram muito". E acrescenta, "Estas actividades devem continuar, primeiro porque é uma forma de mostrar o trabalho desenvolvido pelas escolas, segundo porque a cultura deve ser divulgada não só às pessoas que lá estudam, mas a toda a comunidade".
Raquel Sousa, refere que "foi engraçado pela participação das crianças e dos mais idosos, o que permitiu ser um concerto para todas as idades". E continua: estas iniciativas devem ser desenvolvidas pois dão alegria à cidade e, simultaneamente, dão a conhecer as potencialidades da casa e a forte ligação entre os mais jovens e os mais idosos".


Concerto de Páscoa
Noite musical na UBI

POR RITA LOPES

Terminado o segundo período escolar, o Conservatório Regional de Música, em conjunto com o Orfeão da Covilhã, ofereceu mais uma actividade cultural à cidade. O coro do Orfeão, os coros do Conservatório infantil, juvenil e de camera, os alunos das classes, piano, flauta e guitarra foram os ingredientes de uma noite recheada de música que, no dia 10, encheu o auditório das sessões solenes da Universidade da Beira Interior (UBI).

O concerto começou às 21h30, e de uma forma original. Apresentada por duas crianças da escola primária, que muito encantaram o público com as suas brincadeiras e seus inocentes erros, a festa ganhava um novo sabor.
Organizado pela direcção pedagógica do Conservatório, que pertence e funciona na Associação Orfeão da Covilhã, este evento foi uma forma de dar a conhecer o que se fez nas escolas durante o segundo período lectivo e também numa casa que comporta três vertentes musicais: as escolas pré-primária e primária, o conservatório e o orfeão. "Isto é uma pequena amostra das actividades que se desenvolvem nesta casa ao longo do ano", refere Dulce Gomes, presidente da direcção da associação.
O coro juvenil foi o primeiro a subir ao palco com um programa variado, do qual constaram músicas de diferentes nacionalidades. Com elementos de idades compreendidas entre os 10 e 15 anos, Marco Santos, professor e maestro do coro, não esconde a sua satisfação quando afirma "gosto muito de trabalhar com eles. É um grupo muito unido e bem disposto".
Depois, foi a vez do coro infantil mostrar o que sabia. Em conjunto com o coro juvenil cantaram uma música japonesa, dirigida pela maestrina e professora Filipa Palhares, e acompanhada por João Lourenço ao piano. Depois surgiu o momento alto da noite, quando as crianças com idades entre os 7 e os 10 anos cantaram a canção infantil "Arca de Noé", cuja apresentação vocal foi acompanhada por uma coreografia que, devido ao prazer que causou no público, repetiram, a pedido deste, mais duas vezes. Filipa Palhares sente-se satisfeita com a prestação dos "seus meninos" e refere achar "muito importante trabalhar com um coro desta idade, quando corresponde tão bem como este". Porém, não é só esta responsável que manifesta o seu agrado. O público também é unanime em afirmar que "o momento mais bonito da noite foi a coreografia do coro infantil, a qual teve muita graça e divertiu toda a gente", afirmava um espectador, José Rodrigues.

A alma dos instrumentos

Da prestação dos coros passou-se à dos alunos das classes, que com a apresentação de diversos instrumentos musicais, proporcionaram momentos de calma e descontracção. O primeiro foi um duo de guitarras oferecido por Dejan Ivanovic, professor deste instrumento, e Alexandre Martins, aluno há um mês no conservatório. "Estou muito honrado por tocar com o professor e por ter participado neste concerto, pois pudemos mostrar o que aprendemos nas aulas", salienta o aluno.
Depois foi a vez de João Rafael Tavares, aluno de piano há quatro anos, mostrar as suas qualidades a solo numa composição de J.S. Bach e de Czerny. Pelo grande talento mostrado, o aluno recebeu fortes aplausos do público, que muito se comoveu com a sua prestação. Para finalizar este momento instrumental, seguiu-se um duo de flauta e piano executado por Margarida Alves, que embora seja professora de flauta, tocou piano; e Rita Nunes, estudante daquele instrumento.
Mais uma vez o público ficou encantado com o trabalho realizado no Conservatório. Rita Monteiro, elemento do público, dizia: "Estou emocionada com estes alunos e com a sua capacidade de estar em palco", acrescentando que "são verdadeiros artistas".
Sem qualquer intervalo, apenas alguns momentos de pausa oferecidos pelos jovens apresentadores, passou-se dos mais novos aos mais velhos da casa. Assim, o coro do Orfeão fez uma pequena amostra do vasto repertório que há 75 anos tem vindo a compilar. Como afirma Dulce Gomes, "o orfeão já tem uma longa tradição em concertos e sempre que sobe ao palco é muito acarinhado pelo público".
Para terminar este Concerto de Páscoa, o coro de camera, dirigido por Filipa Palhares e acompanhado pelos professores João Lourenço e Paulo Dias ao piano, apresentou um leque variado de músicas que, sendo algumas conhecidas, muito animaram o público. No final, todos os participantes subiram ao palco para, em conjunto, cantarem a canção da despedida "Goodnight, sweetheart" que fez cantar e dançar todo o auditório da UBI. Seguiram-se a entrega de flores e os agradecimentos a todos os participantes, aos professores, à UBI, pela colaboração e pela cedência do local, e a todo o público que, segundo Dulce Gomes, "muito contribui para o desenvolvimento destas actividades".

Casa satisfeita

Natal, Páscoa e fim do ano escolar, são alturas em que o Conservatório organiza sempre uma festa para expor o trabalho dos professores e dos alunos nas escolas que, segundo a presidente "devem ser abertas ao exterior". Mas esta não é uma tarefa fácil. Filipa Palhares, professora e maestrina dos coros infantil, de camera e do orfeão, refere que "estas coisas dão muito trabalho, mas valem a pena quando dão resultados como este, de alegria e satisfação, sobretudo quando misturamos crianças dos 7 aos 75 anos".
Sendo uma casa reconhecida regional, nacional e internacionalmente, a aceitação do público "é boa e dão-nos muito carinho onde quer que nos apresentemos", garante Dulce Gomes. "As pessoas gostam de ver os frutos que produzimos durante o ano, sobretudo aquelas que estão ligadas a nós", acrescenta.
Depois de duas horas de apresentação, o balanço da casa, e do público em geral, é positivo. Dulce Gomes salienta que "o concerto correu muito bem e estou muito contente com a prestação de todos os participantes". Paulo Dias, professor de piano e elemento da direcção pedagógica, organizadora do concerto, afirmou-se realizado com esta iniciativa que, segundo ele, "é como tudo na vida, temos que saber o que queremos fazer e depois é só pôr mãos à obra". E continua "claro que não é tarefa fácil ensaiar todas as crianças, mas trabalhar com elas é um desafio, pois temos que entrar no mundo delas e saber como vivem e como sentem as coisas, é muito gratificante".
Assim, todos estão satisfeitos com o trabalho que desempenharam neste segundo período lectivo e felicitam sobretudo as crianças que, para Paulo Dias, "superaram as expectativas".






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