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O símbolo da Cruz Vermelha em Israel inclui a partir de agora a Estrela de David


Cruz Vermelha Internacional aceita Estrela de David
Simbologia
"politicamente correcta"

Os símbolos oficiais da Cruz Vermelha estão prestes a ser alterados. Além de um formato básico diferente, à cruz e ao crescente vermelhos junta-se agora a Estrela de David, símbolo de Israel.

Com a anexação de Israel, o logotipo da Estrela de David vem juntar-se à cruz vermelha e ao crescente vermelho como símbolos oficiais do CICR, que agora passa a chamar-se Federação Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha, do Crescente Vermelho ou da Estrela Vermelha, conforme o país, a cultura e a religião. Para evitar problemas de ordem religiosa, a cruz, o crescente e a estrela nunca aparecerão juntos nas ambulâncias, hospitais e bandeiras da entidade. A proposta do CICR é um símbolo básico neutro - um quadrado vermelho em cuja ponta cada um dos 176 países-membros colocará o símbolo que mais se adeque à sua cultura. Uma decisão "politicamente correcta", discutida na passada semana em Genebra, onde um grupo de trabalho constituído por 16 países lançou as bases do reconhecimento da Estrela de David.

O "lobby" americano

Excluída durante mais de 50 anos, a sociedade nacional da Cruz Vermelha israelita vê-se finalmente aceite. Esta decisão deve-se não só ao processo de paz que decorre entre israelitas e palestinianos, mas também à pressão exercida pela Cruz Vermelha americana, que conta com o apoio do Comité Judaico Americano e ameaçou retirar-se da Federação, ao mesmo tempo que cortou a sua colaboração financeira. Uma pressão intensa, reforçada pela possibilidade de também os Estados Unidos retirarem o seu apoio financeiro à instituição, apoio esse que monta aos 400 milhões de dólares.
A guerra dos símbolos da Cruz Vermelha é antiga, remontando aos tempos da sua fundação, em 1963. Apesar de a intenção do seu criador, Henri Dunant, estar longe de associar a cruz vermelha ao símbolo católico, a conotação religiosa do mesmo foi inevitável, e em breve os turcos substituíam a cruz pelo quarto crescente lunar. É agora a vez de Israel ter o seu símbolo reconhecido, dando à Cruz Vermelha a oportunidade de se redimir das acusações de, durante a Segunda Guerra Mundial, ter camuflado o genocídio levado a cabo nos campos de concentração nazis e ajudado criminosos de guerra a fugir com passaportes falsos.






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