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PS - Covilhã acusa, Pinto responde
Polémica de terrenos
invade Campus da Saúde

POR SÉRGIO FELIZARDO*

O licenciamento de construções privadas em terrenos reservados para a Faculdade de Medicina está a provocar algum mal-estar entre a autarquia covilhanense e a UBI.

O Partido Socialista da Covilhã, em conferência de empresa realizada recentemente, a 28 de Abril, acusa o presidente da Câmara, Carlos Pinto, de violar "gravemente" o Plano Director Municipal (PDM).
Na base desta acusação está o alegado licenciamento de construções de empreendimentos privados, no perímetro de terrenos reservados à implementação da Faculdade de Medicina da Universidade da Beira Interior. Terrenos, situados junto ao Hospital da Cova da Beira, sob reserva desde 1992 e que, inclusivamente, acrescenta o presidente da Conselhia socialista, Vítor Pereira, serviram de apoio à documentação apresentada ao Conselho de Ministros quando, em Novembro de 98, aprovou a criação da Faculdade.
Vítor Pereira diz ainda que os empreendimentos licenciados dizem respeito a um hipermercado e a um projecto residencial de 12 blocos, de uma conhecida construtora da Covilhã. A atitude do presidente da autarquia impede a implantação e posterior desenvolvimento harmonioso da Faculdade de Medicina. Nomeadamente no que diz respeito à instalação de serviços de apoio essenciais ao funcionamento do Campus universitário. Para além de que constitui uma intolerável e desnecessária pressão urbanística sobre o Pólo III da UBI, "encravando qualquer hipótese de desenvolvimento futuro".

"Acusações tolas"

Bastante irritado e sem entrar em pormenores sobre os licenciamentos, Carlos Pinto responde: "Quem está a pôr em causa a Faculdade de Medicina é o Governo que, passados quase dois anos, ainda não assinou com a UBI, à semelhança do que já fez com Braga, o contrato-programa de três milhões de contos. Só assim é que a Faculdade avança".
Quanto à questão dos terrenos, o autarca assegura: "O que há mais são terrenos à disponibilidade da UBI para construir três ou quatro faculdades". Para Carlos Pinto não há qualquer violação do PDM, já que "a edilidade é gestora do território e actua na base da legalidade". "Essas acusações são de um tolo que na política não sabe o que anda a fazer", dispara.

Reitor quer reunir com Pinto

Em relação à posição da UBI e à forma como os documentos em causa chegaram às mãos de elementos do PS, o autarca refere ter ficado surpreendido. "A Universidade reuniu muitas vezes com a Câmara e os documentos estavam na sua posse como material de trabalho. Ou seja, com hipótese ainda de serem alterados", salienta.
O Reitor, apesar de dizer que não se quer envolver no ordenamento urbanístico da cidade e naquilo que são competências do executivo, sublinha que a UBI não pode "permitir qualquer construção nos seus 20 hectares de reserva". Para já, santos Silva espera poder reunir com Carlos Pinto de forma a ver devidamente esclarecidos todos os pormenores.

*NC / Urbi et Orbi

 

 
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