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Crise do tabaco em Idanha-a-Nova
Ferro Rodrigues chamado
a intervir
A autarquia vai apresentar ao ministro
do Emprego os receios do cenário de crise na produção
de tabaco. O Ministério da Agricultura ainda não
deu uma resposta concreta sobre o assunto.
A Câmara Municipal de Idanha-a-Nova
pediu uma audiência a Ferro Rodrigues, ministro do Emprego
e Solidariedade, para expor a inquietação que a
modelação das quotas da produção
de tabaco tem desencadeado na população do concelho.
O presidente da edilidade, Francisco Baptista, tinha, em Fevereiro,
solicitado uma audiência ao ministro da Agricultura, Capoulas
Santos. No entanto, o autarca acabou por ser recebido pelo secretário
de Estado dos Mercados Agrícolas e Qualidade Alimentar,
Luís Vieira, e, até agora, não obteve qualquer
tipo de esclarecimento. Da reunião com Ferro Rodrigues,
Baptista espera saber se o concelho de Idanha pode contar com
o Governo para "sossegar a angústia dos trabalhadores".
Ao mesmo tempo o presidente quer conhecer as estratégias
de combate à desertificação que o Poder
Central possa, eventualmente, estar a delinear.
Na eventualidade da produção de tabaco "ter
mesmo os dias contados", o edil pretende ainda assegurar
se o Governo está a elaborar algum programa especifico
para assegurar os rendimentos das pessoas. A situação
é ainda mais grave uma vez que, em muitos casos, os trabalhadores
contraíram crédito à habitação
e ao consumo.
Recorde-se que 57 por cento da produção nacional
de tabaco é proveniente do concelho de Idanha-a-Nova.
Aqui emprega, de forma directa e indirecta, 62 por cento da população
activa. Em comunicado distribuído à comunicação
social, o município argumenta ainda que "os sacrifícios
sociais, resultantes do sistema de quotas de produção
da Política Agrícola Comum para proteger os excessos
de produção têm, necessariamente de ser compensados
pelo fundo social Europeu e denunciados pelos Estados Membros
da União Europeia".
NC / Urbi et Orbi |
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