Quando entrou no curso de Comunicação
Social da UBI, no ano de 1995, Marisa Cardoso pretendia "aprender"
a ser jornalista. Esta opção alterou-se ainda durante
a frequência do curso devido a uma série de razões
que Marisa não se inibe de apontar: "O curso deixava
em aberto algumas saídas profissionais que começaram
a atrair-me mais que o jornalismo, e comecei a interessar-me
mais pela área cinematográfica". Este "encantamento"
pelo cinema atribui-o também ao Cine-Clube da Universidade
da Beira Interior (CCUBI) e à sua criteriosa selecção
de películas, que lhe permitiu assistir a uma série
de produções de cinema independente e "a filmes
de todo o mundo, que não privilegiavam só a indústria
americana".
Quando transitou para o quarto ano da sua licenciatura, Marisa
optou pelo atelier de Comunicação Institucional
(ramo de Publicidade), mas a ideia de exercer uma profissão
ligada ao cinema, nomeadamente como montadora, nunca foi esquecida.
Pelo contrário, "depois de ter terminado o curso,
em Junho de 1999, é que decidi enviar currículos,
e grande parte deles foram endereçados a produtoras de
cinema", esclarece.
Recebeu uma resposta da Rosa Filmes, uma produtora de cinema
sediada em Lisboa, e responsável pela produção
de filmes nacionais bastante conhecidos, como "Corte de
cabelo" de Joaquim Sapinho ou "Mal" de Alberto
Seixas Santos, ambos exibidos no circuito internacional dos festivais
de cinema.
Esta resposta da Rosa Filmes transformou-se numa proposta de
emprego que dura até esta altura. Antes de mais, Marisa
Cardoso define-se como uma auto-didacta, e prova-o com uma incessante
vontade de aprender: desde que entrou para a equipa da Rosa Filmes,
não quis ficar limitada ao cargo de assistente de produção
e decidiu investir o seu tempo na aprendizagem de pós-produção
e montagem. Actualmente desempenha um trabalho que considera
aliciante e compensador: é assistente de montagem. Isto
para além de estar empenhada na criação
do site da Rosa Filmes na Internet.
Marisa Cardoso considera que está no caminho certo para
os seus próprios projectos. "Em pouco tempo, já
consegui muito do que queria", desabafa.
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