Por Ana Maria Fonseca


A entrega de veículos adaptados a alguns covilhanenses com deficiências motoras foi um dos momentos altos do dia em que a Covilhã comemorou 131 anos

As comemorações dos 131 anos da elevação da Covilhã a cidade foram um dia especial para vários covilhanenses que lutam por uma vida menos limitada. A entrega de veículos adaptados e a abertura da sede da Associação de Deficientes do distrito de Castelo Branco, até agora inexistente na cidade, bem como a entrega de veículos adaptados a alguns deficientes do concelho, fizeram do dia da cidade um dia especial para aqueles que podem agora contar com uma maior mobilidade "sem carro um amputado não vive, sobrevive, está extremamente limitado", refere Adelino Fernandes. O apoio psicológico e jurídico será também uma realidade num futuro próximo. A falta de informação que limita também muitas pessoas deficientes será um problema a resolver. "Estamos preparados para responder às questões e apoiar", assegura Adelino Fernandes. Este responsável pela recém inaugurada sede da Associação de Deficientes da Covilhã mostrou-se satisfeito com a iniciativa, mas não deixou de referir o trabalho que ainda está por fazer.
A associação vai organizar colóquios para sensibilizar as autarquias, principalmente relativamente à questão das barreiras arquitectónicas que dificultam a vida aos deficientes. Mesmo neste dia de festa, as limitações físicas fazem-se sentir. "Houve alguns deficientes de cadeira de rodas que queriam vir hoje e não puderam porque não tinham transporte", lamenta.

Uma cidade sempre a crescer


No dia que a Covilhã comemorou mais um aniversário, o discurso de Carlos Pinto incidiu especialmente sobre o passado e o futuro da cidade.
As personalidades homenageadas honram, segundo Carlos Pinto, "o sentir de ser e estar dos covilhanenses, que nunca deram tréguas às dificuldades criadas pelos desafios do progresso e desenvolvimento". O presidente da autarquia covilhanense falou sobre o desenvolvimento da cidade na antiguidade e dos impulsionadores que a conduziram, há 131 anos, ao que representa hoje. O estado actual de uma Covilhã em constante crescimento e desenvolvimento foi também mencionado e não faltou uma referência à UBI como pólo de saber que anda de mãos dadas com a cidade e à Faculdade de Medicina "a essência de um pólo de saúde", afirmou Carlos Pinto.
As comemorações ficaram também marcadas pela atribuição de medalhas de mérito municipal a sete personalidades do concelho e pela assinatura de diversos protocolos entre a Câmara Municipal da Covilhã e várias associações do concelho.
Carlos Pinto assinou protocolos de cooperação com a Associação de Reformados, Pensionistas e Idosos da Covilhã e com a Associação Portuguesa de deficientes da Delegação Distrital de Castelo Branco.
O Grupo de Bombos Eradense, a Filarmónica Recreativa Eradense e a Cooperativa Belo Zêzere assinaram também acordos de cooperação com a autarquia.
As celebrações aconteceram durante o último fim de semana, mas prolongam-se por toda a semana. Na próxima Sexta feira os melhores alunos da cidade recebem diplomas e bolsas de estudo referentes ao ano lectivo de 2000/2001. Um encontro de coros no Teatro-Cine encerra as festividades no próximo Sábado, 27.
   


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