Os responsáveis pela academia apresentaram o "Livro Negro" sobre o superior
Manifestação de alunos
Livro negro apresentado

A Associação Académica da UBI também fez parte do dia nacional de contestação, no passado 14 de Abril. O pólo do Ernesto Cruz foi o cenário escolhido para apresentar o que vai mal na Universidade.


Por Eduardo Alves


Na última acção de contestação da AAUBI, o número de alunos participantes voltou a ser bastante reduzido. Desta vez os estudantes uniram-se naquele que foi o primeiro dia de contestação para o governo de Sócrates.
Desta forma, 14 de Abril foi a data escolhida pelos responsáveis da AAUBI apresentarem o Livro Negro do Superior, aplicado à Universidade da Beira Interior. O documento foi tornado público na manifestação que decorreu junto ao pólo IV – Ernesto Cruz. Este livro junta os resultados de um inquérito feito aos alunos da UBI e será agora entregue na reitoria e anexado a um documento semelhante que junta a “radiografia” de todas as universidades portuguesas, o qual será entregue ao ministro da tutela.
No caso da UBI, os estudantes apontam de insuficiente o financiamento do Estado. A associação acrescenta que os resultados deste parâmetro se devem “à insuficiência do Estado no suprir dos gastos de Gestão Corrente para o funcionamento das universidades”. Outros pontos que também merecem críticas neste inquérito são o abandono escolar e as actividades lúdicas por parte da instituição.
No que respeita à qualidade das instalações a UBI passa com distinção nesta prova feita pelos alunos. Com estes resultados, os responsáveis da associação académica esperam poder trabalhar “no sentido de corrigir o que está menos bem na instituição”.

Pólo para as Artes e Letras

Numa acção de protesto marcada pela falta de alunos, os responsáveis da AAUBI não deixaram de reivindicar o que tinham em mente. O cenário da acção foi o pólo IV da UBI, “Ernesto Cruz”, por ser, nas palavras de Nuno Costa, presidente da AAUBI, “um dos mais esquecidos”. Para esta estrutura, a associação continua a pedir “o pólo das Artes e Letras e uma cantina”. Segundo o responsável máximo pela Academia, “este pólo cresceu muito em número de alunos nos últimos anos, daí que esta estrutura de apoio aos estudantes seja essencial e prioritária”.
Nuno Costa lembra ainda que as obras feitas há dois anos “foram manifestamente escassas”. Em dia de protesto, Costa adiantou ainda que “está a ser elaborado um inquérito a todos os estudantes, para sabermos das necessidades e preocupações em alguns aspectos, como é o caso das notas mínimas dos exames”.