Calendário definido na Liga de Honra
Cónegos apadrinham regresso dos Leões

Moreirense, Varzim e Beira-Mar prometem complicar o início do campeonato ao Covilhã. João Salcedas mostra-se pouco assustado e acredita que os “leões” ainda podem surpreender os “grandes”.

Alexandre S. Silva
NC / Urbi et Orbi

Conhecidos os adversários, o Sporting da Covilhã vai ter um início de época complicado

A um mês do início da Liga de Honra, os jogadores do Covilhã continuam a “queimar calorias” no Complexo Desportivo. Plantel e equipa técnica já sabem o que lhes calhou em sorte no sorteio do calendário, e trabalham com afinco na preparação da temporada, de modo a evitar sobressaltos precoces. O plantel treina duas vezes ao dia, debaixo de um sol abrasador, e sem folgas. E não é para menos. É que, até à quarta jornada, a equipa às ordens de João Salcedas vai ter pela frente dois dos três emblemas que desceram da Superliga: o Moreirense, na estreia do Complexo Desportivo na Liga de Honra , e o Beira Mar, em Aveiro, um mês depois.
Um início, teoricamente, complicado para os serranos, que à segunda jornada têm uma deslocação ao terreno do candidato Varzim, mas que não assusta o treinador. Salcedas lembra que a equipa terá que jogar contra todos duas vezes e que, por isso, “é indiferente contra quem se começa”. Porém, ressalva, “arrancar contra os clubes mais fortes até pode ser positivo, uma vez que os planteis ainda estão numa fase pouco adiantada da preparação”.
Com um dos orçamentos mais baixos da divisão, o objectivo do Covilhã é atingir a manutenção o mais rápido possível. Tarefa este ano dificultada pela decisão da Liga de Clubes de reduzir o número de clubes nas duas competições principais. Na Liga de Honra são seis (um terço) as equipas que, no final, rumarão à II B. Ainda assim, João Salcedas está bastante optimista no cumprimento dos objectivos. O técnico reconhece que seriam necessários mais dois jogadores – um lateral esquerdo e um homem de características ofensivas – mas acredita no plantel à sua disposição: “trata-se de um conjunto equilibrado, profissional, trabalhador e com potencial para aspirar à permanência”, descreve.
Quanto ao estilo, o treinador também não esconde o jogo. A equipa irá praticar um futebol mais directo e cauteloso. As equipas da Liga de Honra são bastante mais evoluídas que as da II B, o que, explica “exige mais coesão em termos defensivos e mais rapidez na saída para o ataque”. Ou seja, teremos um Covilhã a jogar de forma semelhante à de há dois anos, com João Cavaleiro – que, enquanto jogador, teve a mesma “escola” que Salcedas. O técnico vai avisando que esta não será uma equipa de posse de bola, mas “guerreira, trabalhadora, objectiva e, acima de tudo, realista”.