Acabar com a pobreza
“Avaliar para Inovar:
que perspectivas de futuro?”

O III Encontro dos Projectos de Luta Contra a Pobreza do Distrito de Castelo Branco é uma temática de mestrados e doutoramentos dos alunos de Sociologia que trata de uma problemática de toda a sociedade.

Por Mayra Fernandes

A UBI comemorou, de forma diferente, o Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza

O Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza, 17 de Outubro, foi comemorado na Universidade da Beira Interior (UBI), com o Encontro dos Projectos de Luta Contra a Pobreza (PLCP) do Distrito de Castelo Branco, no Pólo Ernesto Cruz.
José Carlos Venâncio, docente da UBI e presidente do Departamento de Sociologia abriu a sessão de um encontro que pretendia juntar os PLCP do Distrito de Castelo Branco que terminam em Novembro do corrente ano. Esta iniciativa destinava-se em particular aos técnicos, dirigentes e voluntários de instituições particulares de solidariedade social do distrito e aos técnicos e coordenadores dos PLCP de Castelo Branco.
Os projectos da Rede Europeia Anti-Pobreza (REAPN), dos quais surgiram os PLCP, têm uma vasta abrangência, desde crianças e idosos a mulheres, no contexto da má remuneração, na generalidade, comparativamente aos homens.
Para a avaliadora, do centro distrital da Segurança Social de Castelo Branco, dos PLCP e dos Programas para a Inclusão e Desenvolvimento (Progride), “não basta dar a cana e ensinar a pescar, mas também ter água no rio e peixes”. Está patente uma preocupação com a sustentabilidade, a qual leva os responsáveis envolvidos nos projectos da REAPN a pensar numa fusão de todos os programas, para que haja mais consistência nos projectos, que poderá conduzir a uma maior sustentabilidade.
O REAPN – Castelo Branco tem contado com o contributo de diversos parceiros: juntas de freguesia, câmaras municipais, empresas, misericórdias, universidades, inclusivé a Universidade de Salamanca. No âmbito da intervenção e desenvolvimento local também foi possível contar com a participação dos Departamentos de Engenharia Civil e de Arquitectura da UBI, na consecução de um guião para a reabilitação de habitações de tipo rural.
Cada equipa dos PLCP tem um período de dois anos para lançar ideias, aperceber-se dos problemas sociais circundantes e tentar encontrar soluções. Estas equipas estiveram na UBI para serem avaliadas, para promoverem o intercâmbio e a partilha de experiências e de metodologias de intervenção. Estes projectos englobam várias actividades aplicáveis tendo em conta as circunstâncias de cada localidade do distrito. Ao longo de dois anos os PLCP criaram espaços ludico-pedagógicos, parques infantis, ginástica para a 3ª Idade, acompanhamento de alcoolismo, entre muitos outros, que poderão ter, futuramente, aplicabilidade nos estudos sociais.
“O Centro de Estudos Sociais (CES) é fundamental porque está aqui todo o saber, a investigação. O REAPN distrital quer aquilo a que denominamos Programa de Bolonha – ligar a teoria à prática”, afirma Manuel Correia coordenador do Núcleo Distrital de Castelo Branco da REAPN.
Além da avaliação dos projectos, a cargo da equipa coordenadora da Segurança Social, o III Encontro dos PLCP visa perspectivar a intervenção social no distrito de futuros projectos que surgirão com o culminar dos anteriores. O que foi feito servirá de exemplo, o que não foi será uma meta a alcançar.