O Desportivo da Mata acolheu este encontro
Colóquio no Desportivo da Mata
Associativismo e democracia em discussão

Decorreu, na passada sexta-feira, na sede do Grupo Desportivo da Mata um colóquio sob o tema A Democracia, O Movimento Associativo e o Desporto. Esta iniciativa teve a organização conjunta entre o GDMata e a União agir pelo Futuro dos Sindicatos de Castelo Branco.


Por Neuza Correia


A sede do GDMata foi o palco deste colóquio onde estiveram presentes Jorge Torrão, Técnico Desportivo do INATEL, Paulo Rosa, da Câmara Municipal da Covilhã, Luís Garra, Presidente da União de Sindicatos de Castelo Branco, Bernardo Manuel, Técnico do Sporting Clube de Portugal, o Tenente-coronel António Neves, presidente da Federação Portuguesa de Desporto para Deficientes, e o Augusto Flor, vice-presidente da Confederação Portuguesa de Colectividades de Cultura, Desporto e Recreio.
O Associativismo e a Democracia foram debatidos tendo em conta o 25 de Abril e o 1º de Maio, marcos históricos de sindicalismo. Estas datas foram mencionadas durante todo o evento, Luís Garra disse que “não conseguimos distinguir o movimento associativo daquilo por que lutámos no 25 de Abril, que é a democracia.” Referiu ainda que “o movimento sindical está ligado à dinâmica das colectividades”. O movimento associativo é muito importante para a região da Cova da Beira, e neste colóquio foi uma constante a referência aos temas abordados que transmitem a prática da cidadania.
O Tenente Coronel António Neves abordou o desporto referindo os tabus e preconceitos da sociedade quanto às pessoas com deficiência. Referiu também que existe uma grande percentagem da população que é deficiente, cerca de 400 mil pessoas. Apelou para que as associações tenham capacidade para receber atletas deficientes, acabando com as barreiras a estas pessoas para a prática do desporto, “os clubes têm de estar abertos a toda a gente” disse.
A prática do desporto é muito importante para a manutenção do corpo e também da mente. Bernardo Manuel referiu que “as pessoas deviam dedicar uma ou duas horas para andar, fazer marcha”, apelando para que as pessoas mudem os seus estilos de vida e abandonem os maus hábitos.
A Covilhã é um exemplo para a união entre o associativismo, os sindicatos e as autarquias. Paulo Rosa deixou claro que “existe uma desmotivação dos dirigentes, das associações e até das autarquias”, defendendo que é necessário existir uma interligação entre todas as instituições para que possam pôr em prática projectos novos. “Só em conjunto é que podemos realizar os projectos”, referiu.
“O movimento associativo deu um forte contributo para as concepções democráticas que vieram a ser catapultadas no 25 de Abril” referiu Augusto Flor. E este movimento associativo é uma realidade na Covilhã. O Desporto e a democracia foram os temas mais abordados neste colóquio, que serviu para esclarecer os associados daquele clube e dos mais curiosos presentes. O colóquio terminou com um debate, onde os presentes enunciaram as suas opiniões sobre o movimento associativo.