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Chegada de tropas portuguesas a Timor-Leste

A "eterna" incógnita

A data prevista para a chegada do primeiro
contingente de tropas portuguesas a Timor-Leste continua a ser uma
incógnita.
Ao início da tarde de quinta-feira, 3, mais de 16 horas depois do adiamento ser conhecido publicamente em Lisboa, ninguém na administração transitória em Díli sabia fosse o que fosse sobre o assunto. Os responsáveis pelas tropas internacionais também não tinham
qualquer conhecimento do novo adiamento. Uma porta-voz da UNTAET declarou que "em questões como esta", a sede da administração transitória em Díli é "sempre a última a saber".
Em Lisboa, a ONU recusou-se a justificar o terceiro adiamento, afirmando que qualquer informação teria que partir de Timor-Leste.
A confusão sobre a chegada das tropas tem sido patente nas
informações do gabinete de informação da Administração Transitória da
ONU em Timor-Leste (UNTAET), que já anunciou pelo menos três vezes as
datas de chegada do primeiro grupo de efectivos portugueses.
Elementos do gabinete de apoio à imprensa já tiveram igualmente
que alterar os dados fornecidos aos jornalistas relativamente quer ao
equipamento e data da sua chegada, como à composição do
primeiro contingente a aterrar em Baucau.
A informação mais recente é de que o primeiro
grupo - com "cerca de 240 efectivos" - deverá incluir já alguns
elementos para o comando do sector central da força de paz da ONU,
responsável pelos distritos de Díli, Liquiçá, Ermera, Same e Ainaro.
Nesse grupo virá igualmente uma companhia de pára-quedistas e
"alguns" elementos da Força Aérea Portuguesa, que vão juntar-se a parte
do equipamento que já se encontra na cidade de Baucau.
Uma dúzia de militares portugueses integrou a tripulação de cada
um dos voos de transporte de material, que vai ficar à guarda das
forças armadas tailandesas até à chegada do grosso das tropas
portuguesas que, depois, vão fazer a transferência do material de
Baucau para Díli.
Uma porta-voz da UNTAET disse hoje que pelo menos dois voos de
"entre cinco ou seis" de transporte de material aterraram já em
Baucau, transportando veículos militares, uma ambulância, duches e uma
cozinha, entre outro equipamento.
A mesma porta-voz salientou que ainda não há data marcada para a
transferência da INTERFET para a força de paz no corredor central de
Timor-Leste, que ficará sob o comando de Portugal.
"Inicialmente esperava-se que os efectivos portugueses estivessem
em Díli até ao dia 08, apesar disso não significar que a transferência
seja imediata", considerou.
No entanto, a mesma porta-voz confirmou que depois da colocação
da força de paz no corredor central, haverá mais efectivos
internacionais na zona do que existem actualmente sob comando da
INTERFET.
"Quando os portugueses estiverem em pleno e distribuidos, vai
haver mais segurança do que agora. Na verdade alguns vão estar
colocados em zonas do corredor central onde até agora não está
ninguém", disse.


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