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A Adega está dependente do terceiro quadro comunitário



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A mais recente região DOC do País
Adega da Covilhã aposta na qualidade

Depois de um dos piores anos da sua história, a Adega Cooperativa da Covilhã (ACC) teve em 1999 uma campanha compensadora, tendo atingido os 5 milhões e meio de quilos. Tal como refere Luís Machiné, gerente da Adega, trata-se de uma campanha normal mas muito gratificante, na medida em que o ano de 1998 poderá ser considerado o segundo pior ano da ACC, com uma produção de 1 milhão e 800 mil quilos de uvas.
A melhoria da produção reflecte-se, também, em função de uma crescente aposta na qualidade. Apoia-se cada vez mais a restruturação da vinha, não só porque a sua média de idade ronda já os trinta e cinco anos, mas sobretudo tendo em vista uma maior e melhor produtividade, a partir das castas específicas de cada região. Com esta especialização da vinha, é possível obter um grau alcoólico maior e uma melhor rentabilidade. Neste sentido, a Adega disponibiliza projectos técnicos gratuitos aos seus sócios, projectos que neste momento abrangem 15% da área social.

Aumento da exportação

A protecção integrada é outra das medidas tomadas, levando os agricultores a praticar uma semibiologia da vinha, através de produtos autorizados ao seu tratamento, melhorando assim a sua qualidade.
A melhoria verifica-se, também, tal como afirma Luís Machiné, na exportação, que representa neste momento cerca de 20% do valor das vendas. São vários os países consumidores, sendo produzidas, em exclusivo, duas marcas para a Inglaterra.
Constituindo uma vitória de todos, a Beira Interior ergue-se agora, desde o dia 2 de Novembro, como a mais jovem região DOC (Denominação de Origem Controlada) portuguesa, grau máximo na hierarquia das regiões vitivinícolas.

À espera do 3º quadro comunitário

Apesar de serem muitos os projectos e os investimentos para o próximo ano, a Adega encontra-se, no entanto, dependente do 3º quadro comunitário de apoio, cuja resolução ainda não foi aprovada por lei. Tal como sublinha Luís Machiné, trata-se de um período de transição normal entre quadros, transição que impede estipular os valores certos que irão ser atribuídos a cada sector. No entanto, segundo este responsável, este apoio do 3º quadro "será a última grande chance de Portugal se modernizar, pois a partir daqui o pais terá de governar-se com subsídios pontuais e de menores valores".
Modernização é, aliás, outra das apostas permanentes da ACC, que a nível informático é uma das mais bem equipadas do País. Desde a vindima à produção propriamente dita, tudo na Adega funciona em rede, podendo mesmo falar-se de uma intranet. A adopção de novas tecnologias ajuda a controlar todos os processos envolvidos na produção do vinho, possibilitando à instituição funcionar com uma maior eficiência e rigor.

Susana Freitas

 

 

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