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Lixeira afecta Zêzere e poços

Quem ali passa a 80 quilómetros por hora, às vezes mais, dificilmente tem consciência do que se passa. Mas quando se pára na berma da Variante, sentido Fundão-Covilhã, e se sai do automóvel, restam poucas dúvidas de que alguma coisa estará profundamente errada. Na base do monte que esconde a face mais visível dos lixos depositados por seis dos 14 associados da Associação de Municípios da Cova da Beira (AMCB), a escassos dez metros da via, o cheiro é pestilento. Do lado de lá da vedação de arame farpado, jaz ao sol uma fossa de contenção de águas residuais, que, lentamente e através de um cano, vai vertendo o liquido para uma ribeira próxima. Daí o "veneno" segue o seu curso directamente para o Rio Zêzere. Pelo meio infiltra-se nas nascentes e nos poços utilizados para a rega, mas, também, para abastecer as casas dos moradores da zona.
Para o deputado e líder da Concelhia do PSD-Fundão, Manuel Frexes, que, no sábado, 19, convidou a comunicação social para uma ronda por alguns pontos críticos do concelho fundanense, esta situação é, no mínimo, criminosa. "Estamos perante um atentado ambiental, completamente injustificado. Há uma empresa concessionária, responsável pelo tratamento dos lixos e, consequentemente, das águas perigosas, que não está a cumprir as suas obrigações. Ou seja, a empresa é obrigada, pelo contrato de concessão, a recolher estes líquidos em cisternas e a levá-los para uma ETAR. Temos conhecimento de que isso raramente é feito, aliás a maior parte das vezes, pegam nisto e colocam num buraco que abriram mais acima", acusa Frexes.

Sérgio Felizardo

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