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"Pontos negros" colocam
população em risco

Com o objectivo de denunciar situações criticas do concelho do Fundão, o PSD local, liderado por Manuel Frexes, iniciou, no sábado, 19, uma série de visitas guiadas com a comunicação social.
A freguesia de Alcaria foi o local escolhido para o primeiro périplo. As deslocações, assegura Frexes, são para continuar, "pois é no terreno que melhor se conhecem os problemas e se podem apontar os pontos negros". O presidente da Concelhia laranja recusa confirmar qualquer intenção de pré-campanha para as eleições autárquicas de 2001, mas deixa o aviso: "Vontade de ter na mão os instrumentos e o poder para resolver os problemas das gentes do meu concelho, não me falta".

"Cruzamento da morte" à espera de soluções

Para além da lixeira do Souto Alto, esteve igualmente em foco o cruzamento de Alcaria. Em plena Estrada Nacional 18, a solução encontrada para o denominado "cruzamento da morte" é alvo de duras criticas. Para os moradores e comerciantes da zona, os semáforos, colocados há cerca de quatro meses e ainda desligados, não resolvem o problema.
Em Agosto, como o NC noticiou, na sequência de uma manifestação organizada por uma Comissão de habitantes de Alcaria, exigia-se uma rotunda. Agora, para além dessa solução, as vozes levantam-se para que seja colocada uma passadeira, em frente ao restaurante ali existente, de maneira a que as crianças e utentes dos autocarros possam atravessar a estrada em segurança. É que a paragem, situada no sentido Covilhã-Fundão, não tem um abrigo suficiente para acolher as mais de 50 pessoas que todos os dias ali apanham transporte. Conclusão, em dias de chuva os utentes são obrigados a abrigar-se debaixo do telheiro do restaurante e depois a passar para o outro lado.

Poluição rodeia poço que abastece Alcaria

Do cruzamento, a visita seguiu para a praia fluvial de Alcaria. A primeira a ter este estatuto no País.
As infra-estruturas de apoio à praia estão lá, o parque de merendas também. Banhos no rio é que não. A escassos 50 metros do que deveria ser um local de lazer e recreio, o cheiro não engana. O esgoto corre a céu aberto e, segundo um dos moradores, Manuel Sardinha, a Junta de Freguesia, antes de o investimento estar feito, foi avisada do problema.
Mais grave é a enorme fossa que, no limite da aldeia, a algumas centenas de metros da praia, esconde as águas residuais de toda a população. A correr directamente para o Zêzere, num local rodeado por hortas, poços, e com vista para o vizinho Dominguiso, a poluição começa a fazer parte do quotidiano de dezenas de famílias.
Como se não bastasse, prossegue Manuel Sardinha, entre a praia fluvial e o esgoto da aldeia, está o poço de captação que dá de beber a todas as casas e, ainda, ao Dominguiso. Para Manuel Frexes a explicação ºé simples: "Já houve testes que mostraram que a água não estava potável, mas com tratamentos cada vez mais caros e investimentos vultuosos, remedeia-se a situação e continua-se a destruir e a colocar as pessoas em perigo".

Sérgio Felizardo

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