Os livros das suas vidas
Márcio Morais, 20 anos, estudante, natural de Ega,
Condeixa, usufruiu durante vários anos deste serviço
da Fundação Calouste Gulbenkian. Foi através
destas bibliotecas que entrou em contacto a leitura. "Uma
vez por semana, a carrinha parava em vários pontos de
Ega. Tinha muitos leitores, para não dizer todas as crianças
que frequentavam a escola", recorda. E quanto à importância
da sua experiência reconhece: "Deu-nos a conhecer
o prazer da leitura. Acho que seria importante mante-las, tal
como foi para mim".
João Lopes, 23 anos, técnico de comunicação,
natural de Esposende e residente em Braga, admite que sem este
benefício, do qual gozou até aos 7 ou 8 anos, talvez
só tivesse ido a uma biblioteca aos 10 anos. "As
Câmaras têm várias obrigações,
entre elas a de levar livros a quem não tem acesso a eles.",
defende. Na sua opinião a solução para aumentar
os níveis de leitura da população covilhanense,
e portuguesa, em geral, não é criar bibliotecas
itinerantes. "É uma questão de educação",
afirma peremptoriamente. |
Bibliotecas itinerantes
podem voltar ao concelho
As bibliotecas itinerantes prestam uma
importante assistência à comunidade, só que
a Gulbenkian fechou este serviço, devido à fraca
adesão da população e à difícil
gestão de meios e recursos humanos que esta iniciativa
implicava. A Câmara Municipal da Covilhã está,
no entanto, a avaliar a hipótese de retomar esta prática.
Para a vereadora com o pelouro da cultura, Maria do Rosário
Rocha, as bibliotecas itinerantes são importantes para
o concelho. "0 maior problema é a falta de técnicos,
pois temos facilidade em arranjar os fundos bibliográficos
e o transporte, devidamente equipado com as componentes audiovisuais
indispensáveis para a modernização destas
bibliotecas", justifica.
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