II LIGA - Na capital do móvel
Covilhã dá
mais
um "paço" atrás
Mais uma derrota. Em superioridade
numérica o Covilhã não soube aproveitar
e, assim, torna-se difícil a esperança da manutenção.
22ª JORNADA
PAÇOS FERREIRA / SPORTING DA COVILHÃ 2-1
Estádio da Mata real, 20-2-00
Árbitro: José Pereira
(Aveiro)
Auxiliares: Joaquim Rodrigues e Paulo Quintinho
Paços Ferreira: Pedro, Marco Paulo, Adalberto,
João Armando e Paulito, Filipe Anunciação,
Luís Cláudio, Rafael (Carlos Cameiro,70 m), Zé
Manel (Nini, 90 m), Everaldo, Paulo Vida (Gervino, 52 m)
Treinador: José Mota
Sporting da Covilhã: Luciano, João Miguel,
João Carlos, Piguita, Ricardo António (Brandão,
54 m), Rui Morais, Trindade e Miguel Vaz, Mário Rocha
(Adriano, 67 m), Fernandez (Peixe 45 m)
Treinador: António Jesus
Marcadores: Paulo Vida (36 m, g.p.), Everaldo (38 m) e
Miguel Vaz (42 m, g.p.)
Disciplina: amarelo- Fernandez (14), Filipe Anunciação
(26), Luciano (35), Ricardo (37), João Armando (41), Rafael
(49), Brandão (71), Adriano (77), Peixe (84) e João
Miguel (86); vermelho- Adalberto (44)
O Covilhã continua no trilho dos
maus resultados. Frente a uma equipa reduzida a 10 elementos,
durante toda a segunda parte, os serranos não conseguiram
marcar, nem sequer criar grandes oportunidades para o fazer.
O Sporting da Covilhã entrou mal no jogo e deixou a equipa
pacense dominar toda a primeira parte.
O Paços Ferreira podia ter inaugurado o marcador logo
aos 12 minutos, não fosse o corte oportuno de João
Carlos que roubou a bola dos pés de Paulo Vida, quando
o jogador nortenho se encontrava frente a Luciano. A equipa da
casa, com um meio-campo bem organizado controlava a partida,
e só aos 27 minutos a equipa serrana conseguiu uma jogada
de perigo: Piguita desmarca Vitor Firmino que enche o pé,
mas a bola sai por cima da barra.
Aos 36 minutos surge o primeiro golo para a equipa da casa. José
Pereira assinala grande penalidade (muito duvidosa) por falta
de Luciano sobre Everaldo dentro da grande-área. Sob protestos
dos visitantes, o guardião visitante vê o cartão
amarelo e Paulo Vida converte o castigo máximo.
Dois minutos passados e as coisas voltariam a complicar-se. De
fora da área, Everaldo, desfere um potente remate ao ângulo
superior direito da baliza defendida por Luciano, que não
teve hipótese de defesa.
A partir deste golo, os homens de José Mota, mais tranquilos,
relaxaram e aos 41 minutos são surpreendidos por uma desmarcação
de Firmino. O jogador do Covilhã entra na área
e é derrubado pelo defesa João Armando. O árbitro,
condescendente, mostra o cartão com a cor errada. O jogador
do Paços Ferreira, que deveria ter visto a cartolina vermelha,
como mandam as leis do jogo, viu apenas a amarela. Chamado à
conversão do penalty, Miguel Vaz não desperdiça
e reduz a vantagem dos nortenhos.
Antes do intervalo, o árbitro teve tempo ainda para expulsar
Armando. O centrocampista do Paços vê o vermelho
após uma entrada perigosa por trás às pernas
de um jogador do Covilhã.
O Paços Ferreira entra para a segunda parte com apenas
dez elementos e, António Jesus, lança Peixe no
relvado, em substituição de Fernandez, para melhor
explorar o ataque verde e branco. O técnico do Sporting
da Covilhã faria entrar ainda Adriano e Brandão.
No entanto a equipa pacence mostrava-se determinada na defesa
do resultado, e apesar da desvantagem numérica, conseguiu
manter uma boa estrutura defensiva e tapar todos os caminhos
para a sua baliza. De qualquer modo pertenceu aos "leões
da serra a maior oportunidade de golo do segundo tempo, quando,
já em período de descontos, Brandão, desmarcado
pela direita, remata à trave de Pedro.
O Sporting da Covilhã precisa de vitórias. A moral
dos jogadores está muito em baixo, e um trinfo frente
aos flavienses, na próxima jornada, seria o tónico
que esta equipa precisa.
Alexandre S. Silva
NC / Urbi et Orbi |