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A população envelhecida lança uma incógnita sobre o futuro da região


70 mil pessoas em trinta anos
Desertificação ameaça Trás-os-Montes

Trinta anos e menos trinta por cento da sua população - eis a história de Trás-os-Montes e Alto Douro. Os números foram revelados na passada semana por Cristina Coelho, vice-presidente da Associação Empresarial Nervir, que aponta o crescente subdesenvolvimento, o decréscimo e o envelhecimento da população como causas principais da desertificação progressiva que ameaça a região.
Cristina Coelho é responsável pela elaboração do "Programa Regional Plurifundos de Combate à Desertificação", cujo objectivo era apresentar medidas inovadoras que impedissem o abandono da região. No entanto, o programa deixa bem claro que "há cada vez menos pessoas, com poder de compra cada vez mais baixo, e as empresas existentes não estão dotadas de dinamismo suficiente" para combater o problema.
Sem incentivos que os façam ficar, os mais jovens partem em busca de emprego e melhores condições de vida, abandonando a terra e agravando o índice de envelhecimento da população.

Faltam apoios do Governo

A vice-presidente da Nervir acusa o governo de não dotar a região de infra- estruturas que lhe são essenciais, e a Administração Pública por não aplicar homogeneamente as suas normas legais por todo o país. A este propósito, refere que " tem de haver por parte do Estado um orçamento destinado exclusivamente á região e uma Comissão Regional de Desenvolvimento, que faça a gestão dos fundos de investimento ".
É necessário um conjunto de investimentos integrados por parte do Governo que contemple as várias áreas, desde o meio empresarial à saúde, ensino, entre outras.
A única medida concreta estabelecida pelo Governo neste domínio foi a lei nº 171/99 de 18 de Setembro, que estabelecia os " meios de combate à desertificação humana e incentivadores da recuperação acelerada das zonas do interior ". No entanto, esta lei ainda não entrou em vigor. As verbas do III Quadro Comunitário de Apoio são agora, segundo Cristina Coelho, "a última oportunidade para a região".






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