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Sindicato dos Professores
na UBI

O Sindicato dos Professores da Zona Centro(SPZC) está a levar a cabo, entre os dias 21 de Março e 7 de Abril, reuniões sindicais em todas as sedes de concelho do distrito de Castelo Branco. No dia 23 de Março, a Covilhã recebeu os dois oradores, Josué Moreira e Carlos Costa, no Edifício Ernesto Cruz da Universidade da Beira Interior.
De entre as matérias que estiveram em análise e foram objecto de reflexão destaca-se o processo relativo ao subsídio de desemprego, os aumentos salariais, a regulamentação do Estatuto da Carreira Docente, os Cursos de Complemento de Formação e os agrupamentos de escola.
Como justificação para estes encontros, Carlos Costa afirmou que "houve um conjunto de reuniões junto do Ministério da Educação (ME) para equacionar e resolver alguns problemas, nomeadamente o aumento dos salários e o subsídio de desemprego e o que trazemos aqui é informação sobre o resultado desses encontros".

Cursos de Complemento de Formação

A partir deste ano lectivo a Lei de Bases do sistema educativo obriga a que todos os professores tenham o "canudo na mão". Para os mais velhos foram, então, criados estes cursos, mas na prática não surtiram efeito.
O ME fez uma só turma com 20 vagas, juntando a Guarda e Castelo Branco, quando os candidatos eram mais de 300. " Não houve capacidade de resposta e o ME vai ter de criar condições para que os docentes se possam aposentar com o grau que merecem. Daí que o SPZC tenha contactado a UBI para os alertar para esta situação. Segundo dados oficiosos, estão criadas as condições para abrir três novos cursos já em Setembro: Educadores, Básico e Educação Musical ", disse Carlos Costa à assembleia presente.

Revisão salarial

Um dos pontos mais aguardados era o da revisão salarial. Este ano o governo não vai além dos 2,5%, " o que é um desrespeito pelos docentes. Não se trata de receber mais mil ou dois mil escudos. É uma questão de dignidade. Por isso não houve acordo.", afirmou Carlos Costa. "Queremos é uma aproximação aos salários europeus, já que o fosso é abissal, e como o governo diz que o crescimento económico português é superior ao dos seus parceiros europeus, então, os salários têm de aumentar".

Subsídio de desemprego

O SPZC foi um dos sindicatos que se bateu pelo enquadramento legal para a atribuição do subsídio de desemprego. " Desde 96 que estávamos em negociações com o Governo e foi com o actual ministro que a proposta foi aceite. Conseguimos os efeitos retroactivos a Janeiro último. Agora pretendemos melhorar o que se conseguiu."
Qualquer trabalhador do regime geral tem subsídio se tiver trabalhado 6 em 18 meses, quanto aos docentes têm de cumprir 18 meses em 36, não havendo qualquer acréscimo nas contribuições.

Agrupamentos de Escola

Neste campo o distrito de Castelo Branco é dos mais atrasados. Não há um único agrupamento escolar nesta região. A CAE (Centro da Área Educativa) de Castelo Branco "pretendia implementar o processo em Janeiro de 2000, mas até agora não avançou com ele, dizendo que não é o momento indicado". Segundo o SPZC existe um paradoxo que tem de ser resolvido: "As escolas querem avançar e os serviços estão a atrasar o processo". Para este atraso contribuem, também, os problemas nos agrupamentos em funcionamento: falta de condições, verbas e vencimentos atrasados. No entanto, "as potencialidades dos agrupamentos são inúmeras". Carlos Costa aconselhou os docentes presentes nesta reunião a lançarem o gérmen, envolvendo as escolas à volta em projectos educativos, o que, mais tarde, facilitará o agrupamento.
Esta reunião terminou, assim, sem grande entusiasmo por parte de quem assistiu, já que os comentários mais ouvidos eram que "tudo continua na mesma", apesar de Carlos Costa garantir que "há sempre uma luz ao fundo do túnel". Na ocasião, ficou marcado um novo encontro para o dia 30 para uma acção de formação, também no pólo Ernesto Cruz, sobre o tema "violência na TV".

Patrícia Fonseca






 
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