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                       Os cortes orçamentais na educação 
                        anunciados no início da passada semana vieram pôr 
                        em causa o funcionamento das universidades portuguesas 
                        em geral, e da UBI em particular. 
                        O Conselho de Reitores das Universidades Públicas 
                        (CRUP) já se manifestou descontente com esta medida, 
                        que pode pôr em causa os salários de docentes 
                        e funcionários das instituições universitárias 
                        públicas. 
                        "Enquanto noutros sectores os cortes foram efectuados 
                        não incluindo as despesas com funcionários, 
                        no que respeita à Educação, a redução 
                        de cinco por cento engloba as despesas com salários", 
                        explica Santos Silva. Por este motivo, defende que este 
                        corte "foi um erro" e diz ter "esperança 
                        de que a situação seja revista e se altere". 
                        Este corte representa cinco por cento do total das verbas 
                        destinadas às universidades. Para a UBI, este valor 
                        traduz-se em cerca de menos 170 mil contos. 
                        Caso o Governo não aceite a revisão proposta 
                        pelo CRUP e, consequentemente a UBI fique com menos 170 
                        mil contos no seu plafond, "esta medida pode afectar 
                        o normal funcionamento da Universidade", refere Santos 
                        Silva. "Só no que diz respeito a despesas 
                        com pessoal docente e não docente são aplicadas 
                        90 por cento das verbas". 
                        A situação revela-se "extremamente 
                        difícil" e implica o recurso a receitas próprias 
                        da instituição, que normalmente não 
                        seriam dirigidas para este tipo de despesas. Receitas 
                        próprias que "sempre foi nossa política 
                        aplicar em equipamentos que permitam melhorar as condições 
                        de ensino", explica Santos Silva. 
                        Ontem, segunda feira, decorreu uma reunião com 
                        o secretário de Estado do Ensino Superior, Pedro 
                        Lourtie, onde o CRUP tentou negociar uma revisão 
                        do corte que foi anunciado. 
                        No entanto, mesmo que a situação não 
                        seja revista, "Nem a Faculdade de Medicina, nem a 
                        nova biblioteca serão afectados", garante 
                        o Reitor da UBI, uma vez que estas despesas dependem, 
                        em grande parte, do PIDDAC. 
                        Santos Silva acredita nas "negociações" 
                        a decorrer entre CRUP e Governo, numa tentativa de que, 
                        pelo menos, o corte não venha a afectar as despesas 
                        com funcionários da Universidade. 
                       
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