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Segundo o Governo, o Hospital da Guarda ainda vai ter de esperar

O presidente da Câmara da Guarda (PS) manifestou-se, na passada semana, confiante de que o Governo vai "cumprir a promessa de requalificar" o hospital distrital da cidade, cuja modernização considera "necessária". Álvaro Guerreiro reagia assim ao anúncio de que o Governo não encontrou justificação para construir cinco dos dez hospitais anunciados pelo anterior Executivo, entre os quais se encontra o da Guarda. Segundo o Ministério da Saúde, "não foi possível encontrar documento técnico escalonando as respectivas prioridades de construção" sobre os hospitais de Vila Nova de Gaia, Vila do Conde/Póvoa do Varzim, Guarda, Évora e Hospital Central do Algarve. Só após novos estudos, o Governo "apresentará à Assembleia da República a proposta de decisão final", conclui o esclarecimento de Correia de Campos. "A Câmara da Guarda reage com respeito", disse Álvaro Guerreiro realçando "que não são encontrados estudos técnicos sobre o hospital, o que confirma as suspeitas de que nada foi feito nos últimos três anos", sublinha. Seja com uma nova unidade ou através da modernização da actual, "esta é uma necessidade supramunicipal, porque os utentes são de todo o distrito e o problema está num marasmo provocado pelo dois últimos governos", afirma Álvaro Guerreiro. O autarca manifesta confiança no Governo socialista e no primeiro-ministro, José Sócrates, que ainda em campanha eleitoral, no início de Fevereiro, prometeu na Guarda que se o PS fosse poder, o hospital seria "requalificado"."Acredito em absoluto que essa promessa vai ser cumprida. Aliás, quem não cumpriu foi o Governo anterior, que deixou os estudos necessários por fazer", conclui.
Ana Manso “chocada”
Já a deputada do PSD Ana Manso, líder da comissão política distrital do partido e vereadora na Câmara da Guarda, diz-se "chocada e magoada com a decisão do ministro, tal como devem estar todas as pessoas da Guarda". "O que apresenta são desculpas de mau pagador, pois toda a gente sabe que há estudos e planos que sustentam a necessidade de construção de raiz de um hospital na Guarda", acrescentou, sublinhando que se trata da capital de distrito com um dos hospitais mais antigos. As obras de beneficiação entretanto realizadas são consideradas "insuficientes, seja em termos do conforto dos utentes, como das condições de trabalho dos profissionais de saúde", refere. A necessidade de modernização devido à integração da unidade na Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade da Beira Interior (UBI) é outra das questões levantadas por Ana Manso, para quem Correia de Campos "conhece bem o terreno e sabe bem como é necessário o novo hospital".