| Apenas quatro por cento 
                        dos utentes dos centros de saúde da Região 
                        Centro estão ainda sem médico de família, 
                        representando a "melhor média" a nível 
                        nacional, revelou na passada semana o ex-presidente da 
                        Administração Regional de Saúde. 
                        Segundo Fernando Andrade, que fez um balanço do 
                        seu mandato na presidência da Administração 
                        Regional de Saúde do Centro (ARSC), em 2002 só 
                        em 52 dos 110 centros de saúde da região 
                        todos os utentes tinham médico de família. 
                        Actualmente, depois de uma limpeza dos ficheiros e da 
                        aceitação por parte dos médicos de 
                        mais pacientes, em 100 dos 110 centros de saúde 
                        existentes nesta região todos os utentes dispõem 
                        destes clínicos atribuídos. Segundo Fernando 
                        Andrade, os dez centros de saúde da região 
                        em que ainda há utentes sem médico de família 
                        situam-se nos distritos de Viseu, Leiria e Coimbra. A 
                        nível nacional, a média de utentes sem médico 
                        de família é de 8,5 por cento, adiantou 
                        em conferência de imprensa na Escola de Hotelaria 
                        de Coimbra. Nos cuidados primários, Fernando Andrade 
                        realça ainda a substituição de antigos 
                        edifícios de centros de saúde por novos 
                        e, a nível hospitalar, destacou várias obras 
                        realizadas ou em curso no centro do país, com relevo 
                        para o arranque da construção do Hospital 
                        Pediátrico de Coimbra. Em termos globais, Fernando 
                        Andrade disse terem sido concretizadas "algumas obras 
                        espalhadas por toda a região para que seja auto-suficiente 
                        e dê resposta às necessidades". O estudo 
                        da morbilidade na região Centro, que permitirá 
                        conhecer as patologias dos seus habitantes, e os rastreios 
                        das anemias genéticas graves e do cancro do colo 
                        do útero foram alguns dos programas desencadeados 
                        no mandato de Fernando Andrade e por ele destacados. Segundo 
                        o presidente da ARSC, em relação às 
                        listas de espera para cirurgia, actualmente há 
                        cerca de 50 mil doentes aguardando uma intervenção 
                        na região Centro, distribuídos por 68 patologias 
                        e com uma demora média de 11 meses. Fernando Andrade, 
                        54 anos, cessou funções no cargo na segunda-feira, 
                        embora a sua comissão de serviço termine 
                        apenas no dia 28 de Maio. "Foram três anos 
                        de grande satisfação pessoal e profissional", 
                        afirmou o antigo deputado, ao sublinhar o "grande 
                        empenho e total dedicação para trabalhar 
                        em prol da causa pública". |