Apresentação de candidatura
Pinto para mais quatro anos

O Jardim do Lago foi o local escolhido pelo social-democrata Carlos Pinto para apresentar a sua candidatura à Câmara Municipal da Covilhã. Fortes críticas à oposição e ao Governo pautaram um discurso sem novas medidas.

Por Eduardo Alves

O Jardim do Lago foi o local escolhido para a apresentação da candidatura

As duas horas e meia de espera cansaram o público. Cerca de mil pessoas aguardavam Carlos Pinto no Jardim do Lago. Obra emblemática do actual presidente da Câmara da Covilhã que agora apresenta a sua recandidatura ao lugar.
O espectáculo começou com o grupo “A Lã e a Neve” a que se seguiu uma hora de música popular. Desde as 21 horas que o público esperava pela chegada do social-democrata. O tempo ia passando com a música e com as imagens da Covilhã, mas da presença de Pinto nem sinal.
Pelas 23h30 e depois da projecção de um filme onde se passa em revista algumas obras realizadas pelo actual executivo camarário, o social-democrata dá um ar da sua graça. O palco é tomado sozinho, sem nenhuma figura da equipa, a qual também não foi apresentada. Do partido, também não se registou a presença de nenhum nome sonante. Carlos Pinto diz que não está para defender o PSD, mas sim “a Covilhã”.
O discurso do autarca marcou a audiência. Isto porque, nos 30 minutos em que proferiu algumas palavras, Pinto não apresentou nenhuma medida de grande vulto para os próximos quatro anos. Trabalho e competência são as únicas promessas de Pinto. Continuar as políticas de habitação social, acessibilidades e educação são metas a atingir.




PS debaixo de fogo

Grande parte do discurso do actual presidente da Câmara da Covilhã foi para atacar o Partido Socialista. No entender de Pinto, o cargo de Governador Civil de Castelo Branco, “está caduco e devia ser extinguido, de imediato”. Isto para falar na polémica que envolveu as Unidades Locais de Saúde (ULS). Pinto refere que a Covilhã deve tratar dos seus próprios interesses e não se deve subjugar a interesses alheios.
Outro dos recados foi para o Governo e para o “plano tecnológico”. Na perspectiva de Pinto, “não há justificação para que o primeiro-ministro não encontre tempo para vir à inauguração do Parkurbis”.