Taça nacional de futsal feminino
Estrelas do Zêzere “apagam” na Luz

A Boidobra deu luta, manteve a cabeça erguida, mas não conseguiu contrariar o favoritismo do Benfica. Resta a consolação de ser a segunda melhor equipa do País.

NC / Urbi et Orbi

A equipa do Estrela da Boidobra é a segunda melhor a nível nacional

Já poucos acreditavam numa reviravolta na final da Taça Nacional de futsal feminino. Depois da vitória do Benfica por 4-9 na primeira-mão, restava às “encarnadas” gerir o resultado no jogo em casa. Ainda assim, o Estrelas do Zêzere foi a Lisboa com uma réstia de esperança e apostado em provar que o desnivelado resultado do primeiro encontro não passara de um acidente.
No Pavilhão 2 da Luz, as futsalistas da Boidobra voltaram a perder, é certo, mas pela margem mínima. E, mesmo contra uma equipa que fornece a maior parte das atletas para Selecção Nacional, bateram-se de igual para igual, equilibram o jogo e poderiam ter, pelo menos, empatado a partida.
O Benfica, a jogar sem qualquer tipo de pressão, começou por ter a sorte do seu lado. Ainda antes de cumprido o primeiro minuto, Marisa Lima – irmã do capitão da equipa masculina do Benfica, André Lima – abria o marcador e, pouco depois, dilatava-o. A turma covilhanense ainda conseguiu reduzir por intermédio de Ana Marques, mas chegava ao intervalo a perder por 4-1.
Na segunda parte tudo foi diferente. A equipa beirã entrou mais confiante e com a pontaria mais afinada. Rute reduziu poucos minutos após o recomeço, depois de já ter atirado uma bola à trave. As lisboetas voltaram a colocar a vantagem em três golos logo de seguida, mas depois, o jogo pertenceu à formação orientada por Sofia Mendes. Rute ainda bisou e Ana Vanessa quase fazia o mesmo. A jogadora serrana estabeleceu o resultado final a quatro minutos do fim, mas poderia, um par de minutos depois ter voltado a fazer o gosto ao pé e empatado a partida, mas Tânia Marques, a guardiã encarnada, com uma defesa espectacular, negou às covilhanenses o merecido empate.
O Benfica acaba, assim, por se sagrar campeão nacional da modalidade – um dia depois de a equipa masculina o ter feito frente ao Sporting – no seu primeiro ano de existência. As atletas do Estrelas do Zêzere, por seu lado, conquistam, pela segunda vez, o “título” de vice-campeãs. Em 2001 também haviam chegado à final, onde perderam com o Del Negro. Curiosamente, a equipa que se uniu ao Novos Talentos para, no início da época, darem origem à formação do Benfica.