Depois de décadas de abandono o edifício vai agora ser concluído e colocado à venda

Sessão de câmara
Torre de Santo António vai ser concluída

Na última reunião de Câmara foram resolvidos alguns dossiers de grande interesse para a cidade. A localização do aeroporto e o destino a ser dado à torre de Santo António são dois exemplos.


Por Eduardo Alves


A construção do edifício de 20 andares data de meados dos anos 70. Um projecto da autoria do arquitecto Pinto de Sousa, pai do actual primeiro-ministro, José Sócrates, previa a implantação, no bairro de Santo António, de um conjunto de três grandes edifícios que iriam oferecer áreas de habitação, comércio e estacionamento. O prédio central, com 60 apartamentos foi o primeiro e único, até hoje, a ser construído. Falências, falta de capitais e burocracias levaram a que este projecto civil nunca fosse totalmente concluído.
Desde essa altura que este prédio está instalado na Covilhã e “dá uma imagem de alguma degradação”, adianta o presidente da câmara, Carlos Pinto que já fez um acordo com o actual proprietário do empreendimento, o banco Montepio Geral.
Segundo o edil social-democrata, “vão ser construídos mais dois edifícios na base que vão servir de apoio à estrutura central”. Esta vai ser recuperada e os apartamentos vão ser colocados no mercado como novos. Todo o complexo “será como um T invertido, com comércio e estacionamento, na zona dos primeiros pisos e apartamentos de habitação na torre central”, explica Pinto.
Esta é uma solução que não agrada na totalidade ao vereador socialista, na oposição. Miguel Nascimento continua a defender a implosão do edifício “a bem da paisagem”. Mas é uma solução, “melhor do que não ter nenhuma”.
Outro dos pontos grandes a ser tratado na sessão de câmara prende-se com a localização do novo aeroporto. Esta estrutura que pretende servir aeronaves até cem passageiros vai ficar localizada junto ao nó de acesso à A23, no alto do Terlamonte.
A câmara vai agora avançar com os projectos iniciais e procurar investidores que queiram financiar esta mesma estrutura.
Os planos camarários prevêem a construção de uma pista com 2 quilómetros e 200 metros que possa operar com voos de baixo custo. O turismo e as trocas comercias são os primeiros sectores “a ganhar com esta estrutura”, adiantam os responsáveis camarários.
Nesta reunião foi também apresentado o balanço final do Polis. Um programa que se ficou pelos 27 milhões e meio de euros, dos 54 milhões inicialmente previstos, e que “foi muito positivo para a cidade”, sublinha Carlos Pinto. O mesmo diz que “os projectos que não foram concluídos não vão ficar na gaveta”. Pinto adianta que assim que a câmara tiver fundos vai avançar com os planos do Polis que ainda não estão realizados.