Apostar em produções integradas
Governo defende mais apoios à agricultura

Novos subsídios só mesmo para culturas modernas. o secretário de Estado da tutela veio à região anunciar mais verbas para os agricultores interessados em modernizar as suas explorações.

NC / Urbi et Orbi

O Regadio da Cova da Beira foi visitado pelo representante do Governo

A agricultura de protecção e produção integradas (com benefícios para o consumidor e para o ambiente) tem de ser mais apoiada no âmbito do próximo Quadro Comunitário de Apoio, que representará um período de transição, uma vez que daqui a sete ou oito anos acabam as ajudas comunitárias para esta área. A ideia foi deixada pelo secretário de Estado do Desenvolvimento Regional e das Florestas, Rui Gonçalves, na passada semana, durante uma visita à Sociedade Agrícola Quinta dos Lamaçais, em Caria, Belmonte.
As dotações financeiras da União Europeia ainda não foram estipuladas, sendo que também não vão aumentar, mas o governante entende que com os valores que chegarem se deve valorizar a agricultura de protecção e produção integradas. Isto apesar de os agricultores se queixarem que 70 por cento das ajudas a esta forma de cultivo acabam por se gastar em análises e requisitos exigidos a esta forma de produção.
Os apoios chegam através do Plano de Desenvolvimento Rural (RURIS). Neste método são utilizados mecanismos naturais de limitação contra organismos nocivos que podem afectar as plantas, como é o caso de pragas, doenças e infestantes. O equilíbrio dos ecossistemas agrários é também um dos objectivos.
Na protecção integrada os empresários do sector têm de articular a protecção com a aplicação de técnicas específicas. Particularmente na fertilização, instalação e condução das culturas, regas e conservação das colheitas.

Esta semana pode acabar água para rega

Um dia antes de visitar a Quinta dos Lamaçais e os pomares de maçãs, peras, pêssego e cerejas Rui Gonçalves esteve junto ao canal Sabugal/Meimoa do Regadio da Cova da Beira e na Barragem do Sabugal. A propósito desta obra, o presidente da associação de beneficiários do regadio, António Gomes, veio a público dizer que se a ligação entre o Sabugal e a Meimoa estivesse concluída os problemas que os agricultores estão a sentir para regar as suas culturas não se estariam a manifestar. E adianta que a partir desta semana os agricultores podem deixar de ter água com que regar a partir do bloco da Meimoa.
A medida para garantir água por mais um mês passa por aprovar a retirada dos hidrantes ao milho. Uma forma de fazer frente ao problema que tem se ser aprovada pelos associados.
Mensalmente estão a ser gastos cerca de dois milhões e meio de metros cúbicos de água da Barragem da Meimoa, que para além do uso para a rega abastece também os concelhos do Fundão e Penamacor. Mas mesmo que não chova este responsável garante que os dois municípios não terão problemas de abastecimento para consumo.