Liga de Honra
Covilhã cede primeiro empate em casa

Empate penaliza Sporting da Covilhã num jogo muito disputado, mas com pouco
perfume futebolístico.

Por Hélder Prior

A equipa serrana não foi além de um empate a zero golos

O Covilhã empatou este domingo, 27 de Novembro, a zero bolas frente a um organizado Leixões, num jogo que encheu o Complexo Desportivo da “cidade neve”.
Passadas 12 jornadas da Liga de Honra, o Sp. da Covilhã continua a surpreender a sua massa adepta e, sobretudo, o futebol português. Desta vez, coube à equipa de Matosinhos experimentar a qualidade do futebol praticado pelos serranos, enfrentando na Estrela, inúmeras dificuldades. Apesar da enorme expectativa gerada, fruto da boa classificação de ambos os clubes, a exibição protagonizada quer pelo Sp. da Covilhã quer pelo Leixões acabou por ficar aquém do esperado. Rodeado por fortes medidas de segurança, devido aos problemas registados no último confronto entre os dois emblemas, o jogo foi fraco do ponto de vista técnico, disputado é verdade, mas com pouco brilho.
No quinto lugar da tabela classificativa e assumindo-se como uma candidato à subida, a equipa do Leixões apostou numa estratégia defensiva, assente na marcação e consistência dos seus jogadores, o que dificultou e muito a tarefa dos da casa. Alheio a isso e desde cedo preocupado em resolver a contenda a seu favor, o Covilhã beneficiou logo nos três primeiros minutos de duas boas situações para marcar, mas, primeiro Luisinho e depois Sérgio Rebordão falharam o alvo. O jogo entrou depois numa fase bem mais morna e o perigo só voltou a rondar a baliza de Batista à passagem do minuto 22, quando Luisinho ( a substituir Sanussi no ataque verde branco) parece ser rasteirado na área. Pediu-se grande penalidade no Complexo Desportivo, mas o árbitro João Capela fez-se desentendido e nada assinalou. Fiel ao seu esquema táctico, que tão bons resultados tem dado, a equipa de João Salcedas dominou completamente o primeiro tempo. Com uma organização defensiva de fazer inveja a muitas equipas da alta roda do futebol nacional e com um meio campo preocupado em ter a bola, ficava a ideia que o golo covilhanense havia de surgir com naturalidade. No entanto, aos 47 minutos, e depois de uma falta dura sobre um leixonense, Vladimir viu o cartão vermelho directo e deixou o Covilhã reduzido a dez unidades mesmo em cima do intervalo, o que acabou por condicionar o espectáculo.
Com menos  um jogador para a segunda parte, o técnico do Sp. da Covilhã fez entrar Cordeiro, sacrificando Milton, para manter um quarteto defensivo que nunca foi perturbado pela equipa de Matosinhos. De facto, este Leixões jogou sempre num apertado sentido de pressing na ânsia do contra ataque, mas quase sempre sem futebol refinado. Apesar de estar a jogar em inferioridade numérica, a equipa do Sp. da Covilhã foi a única que acreditou na vitória e já com Sanussi em campo acabou por beneficiar da única situação de perigo de toda a segunda parte, mas o cabeceamento de Oliveira acabou nas mãos do veterano Batista.
O zero a zero final acaba por beneficiar a equipa orientada por Rogério Gonçalves que na conferência de imprensa sublinhou a justiça do resultado e referiu que “ a haver um vencedor teria que ser o Leixões porque foi a única equipa que tudo fez para vencer”. Por seu lado, João Salcedas enalteceu o brilhantismo dos seus jogadores e a “gestão inteligente que a sua equipa teve que fazer uma vez que ficou reduzida a dez jogadores ainda no primeiro tempo”. Com este resultado o Covilhã mantém-se na segunda posição com menos um ponto que o líder Beira Mar.