O Sindicato de Professores levou a cabo uma acção de formação para os seus associados
SPZC promove formação
Profissionalidade e profissionalismo

A formação promovida pelo Sindicato de Professores da Zona Centro (SPZC) teve como principal ponto de esclarecimento e discussão o enquadramento da actividade dos professores no âmbito da educação dos alunos.


Por Andresa Olímpio


A profissionalidade, o profissionalismo e eficiência do docente, assim como a eficácia da escola foram questões abordadas por Alfredo Bernardo Serra, Director do Centro de Formação do Pinhal (Sertã) em mais uma formação promovida pelo SPZC na UBI. Esta iniciativa teve como principais objectivos “suscitar o debate e fornecer esclarecimentos sobre eventuais questões problemáticas subjacentes à escola e ao docente e reflectir sobre as medidas actualmente tomadas no âmbito da política educativa”, adiantam os promotores.
De entre as situações questionáveis encontra-se o facto dos professores desempenharem tarefas que deveriam ser exercidas por profissionais específicos. Para Alfredo Serra, “a função do professor não se limita somente ao acto de dar aulas” além de educar “o professor tem que ser o modelo porque induz representações culturais, transmite valores culturais e estéticos”. No entender de Serra, a carreira de docente não pode ser desempenhada por qualquer pessoa, “a profissionalidade manifesta-se numa grande variedade de funções como ensinar, orientar o estudo, preparar matérias, ajudar individualmente o aluno, avaliar”, o professor não pode ser visto como alguém que guarda ou vigia os alunos. O professor deve ser visto “como o pedagogo e não como um funcionário do Ministério da Educação” referem as palavras de Alfredo Serra.
Para Carlos Costa, responsável da delegação da Covilhã do Sindicato de Professores da Zona Centro (SPZC), o professor era visto como alguém que deveria fornecer respostas a quaisquer tipo de questões apesar de poderem estar fora da sua responsabilidade. Para a questão das funções que não se inserem na competência dos docentes, Carlos Costa sugere uma melhor “gestão racional dos recursos” por parte do ministério da Educação. A reorganização da componente não lectiva dos professores, a reposição da actividade profissional, o prolongamento do número de horas da carreira, os deveres e os direitos (não totalmente configurados e regulamentados) e a reposição horária são aspectos que merecem a existência de diálogo e negociação entre os professores e o Ministério da Educação. A formação teve lugar no anfiteatro 6.1 da UBI na manhã da passada sexta-feira, 25. Estiveram presentes Luísa Mafalda Maranhas, dirigente da delegação da Covilhã do SPZC e João Marocano, dirigente do Ensino Secundário.