Novo lar do Fundão
Mais pretendentes que vagas

As vagas à disposição, no novo lar da Misericórdia. Os pedidos para entrar são cerca de 400. Por isso, os responsáveis vão ser obrigados a fazer uma selecção criteriosa, caso a caso, dos futuros utentes.


NC / Urbi et Orbi

Esta nova estrutura tem já mais pedidos de admissão do que vagas

O novo lar de idosos da Santa Casa da Misericórdia do Fundão recebeu cerca de 400 pedidos para as 50 vagas que vai colocar à disposição. Quem revela os números é o Provedor da instituição, Manuel Correia, que salienta que esta elevada procura mostra a necessidade deste tipo de equipamentos e obrigou os serviços técnicos a fazer “uma escolha apurada, caso a caso".
Os pedidos dizem respeito a idosos oriundos da região, "alguns dos quais instalados em lares longínquos, por exemplo, em Lisboa, e que procuraram regressar à terra natal", acrescenta. Os números foram revelados numa altura em que decorre a instalação de serviços e utentes no novo edifício da Quinta do Serrado, investimento orçado em quatro milhões de euros.
Para além de 50 novas vagas em regime de lar residencial, a estrutura inclui um centro de dia para prestar apoio a 60 idosos e 10 camas de cuidados continuados, que foram ocupadas por utentes que se encontravam noutras instalações da Misericórdia e que foram os primeiros a ser transferidos para o novo edifício. Do novo espaço vai partir também o apoio domiciliário prestado em casa de cerca de uma centena de idosos, maioritariamente na zona da cidade do Fundão.
Outros serviços da Quinta do Serrado incluem um centro de fisioterapia e um ginásio. Para além do refeitório e bar com zona de convívio, os utentes vão ainda dispor um cabeleireiro dentro do próprio edifício. Mas uma das principais características do empreendimento consiste no facto de estar instalado junto ao jardim-de-infância e creche da Santa Casa da Misericórdia, que acolhem 300 crianças. "Vai ser possível ter lado a lado o avô e o neto e proporcionar um convívio entre gerações que tantas vezes se diz ser necessário, mas poucas vezes acontece", sublinha Manuel Correia.
Ainda segundo aquele responsável, desde que anunciou a nova estrutura, a Misericórdia recebeu "mais de 500 pedidos de emprego". O empreendimento vai ter 56 trabalhadores, "mas novos postos de trabalho são entre 15 a 20, sendo os restantes transferências" de outras instalações da instituição, no Fundão.