As melhores de 2005
Um ano em análise

O ano que terminou no passado fim-de-semana trouxe alguns episódios importantes para a Universidade, para a Covilhã e para a região. De entre um conjunto vasto de notícias, porque também delas se faz a história, o Urbi deixa algumas das mais marcantes nas áreas do Ensino, da cidade, da região, da cultura e do desporto.

Por Eduardo Alves

2005 fica assinalado com as comemorações dos 30 anos de Ensino Superior na região Centro

São 30 anos de Ensino Superior numa das regiões mais desfavorecidas de Portugal. O ano que agora acabou fica marcado pelo assinalar desta data e também pelas primeiras conclusões de alguns estudos sobre o impacto da Universidade na Cova da Beira e na própria região. A UBI é hoje um dos principais motores desta área geográfica com importantes papéis em diversos sectores cruciais da sociedade, referem as pesquisas. Mesmo assim, este ano não foi de melhorias no respeitante a financiamento destas instituições com os programas de apoio do Governo a apresentarem diversos cortes orçamentais para esta área.
Muitos têm referido que 2005 foi conturbado. O ano começou com uma crise política no executivo governamental, que só teve fim a 20 de Fevereiro com a eleição do covilhanense José Sócrates para chefe do Governo.
No campo da política este acontecimento fica demarcado pela conquista maioritária deste lugar de destaque. Para a Covilhã, também uma vitória assinalada de forma especial, uma vez de tratar-se de um filho da terra.
Um facto que parece não ter ainda levado Sócrates a voltar à sua terra natal. Desde que está na chefia do Governo, muitos têm sido os convites para o líder socialista visitar a “cidade neve”, mas até agora ainda nenhum obteve resposta positiva.
Com as eleições surgiram também propostas e novos desafios para o País e para a Beira Interior. Nos primeiros meses, Sócrates esteve na região para anunciar a electrificação total da linha da Beira Baixa, o que depois não se veio a realizar.
Mas no que toca a eleições, o ano fica também marcado pela escolha de presidentes de junta de freguesia e de câmaras municipais. Nas autárquicas de Outubro passado, a surpresa não foi grande. Com os socialistas instalados no Governo, o maior partido da oposição, PSD, veio a manter a grande parte das autarquias, a nível nacional.
Covilhã e Fundão são exemplos de bastiões laranjas na região, agora ameaçados por Castelo Branco, Penamacor, Guarda e Belmonte.
Mudam-se os políticos, ficam as mesmas culturas. Muitos dos eventos de cariz cultural voltaram a subir aos palcos, a invadir as praças e os auditórios, e chamar pessoas. Mesmo assim, os promotores dos eventos continuam a reivindicar mais ajudas do Estado e diferentes apoios por parte dos organismos públicos. Um ano bom no que respeita a festivais de teatro, como o da Covilhã e da Quarta Parede, mas também na realização de feiras e mostras, sobretudo, na época de Verão.
De sublinhar neste campo, o papel activo do Teatr’UBI. Um dos grupos de teatro universitário mais antigos do País teve em 2005 um ano de fortes influências. Responsáveis deste organismo e serem convidados para participações em colóquios e festivais no estrangeiro e dentro de portas, a criação de parcerias com outras entidades. Já na recta final, o Teatr’UBI começou também a preparar uma nova peça que apresenta no início de 2006.
E se 2005 foi bom no campo cultural, no que respeita aos estudantes do Superior, na área desportiva o saldo ganha ainda contorno mais elevados. A marcar o ano, sem sombra de dúvida, a conquista do campeonato nacional de Futsal. Outro dos eventos marcantes para este ano prende-se também com a formação do Clube de Rugby da UBI que participou já em várias provas com bons resultados.