Os alunos da UBI participaram, este ano, em número recorde
Torneio de programação
UBI no mapa informático

O torneio inter-universitário de programação, realizado na passada semana, colocou a instituição no roteiro das grandes iniciativas científicas que têm lugar em Portugal.


Por Eduardo Alves


Começa já a fazer história, o nome “Secreto” no torneio de programação entre universidades, que se realiza há quatro anos em Portugal. Uma prova que coloca alunos de todas as instituições de ensino superior lusas a competir entre si, com o objectivo de “resolverem um conjunto de problemas de programação”, explica Simão Sousa.
Este ano, entre as 62 equipas inscritas para a prova, que estava centrada na Covilhã, o primeiro lugar foi, tal como no ano passado, conseguido pela equipa “João Secreto”. Uma equipa formada por um estudante da Universidade de Aveiro (UA) que conseguiu assim resolver o maior número de problemas, durante as três horas em que decorreu a prova. Este aluno encontrou solução para três dos cinco problemas que foram colocados no início do desafio. Este tipo de problemas, que vão desde o cálculo de áreas, tipologias de comandos de máquinas ou “de simples códigos de sinais utilizados nas telecomunicações” foram elaborados por docentes da UBI para o torneio, mas vão agora ser aproveitados por professores de outras instituições para servirem de base de trabalho em outras universidades.
As nove equipas da UBI que participaram neste evento – em número recorde, a melhor classificação dos alunos ubianos foi alcançada pelo conjunto denominado “Kaworka”, que conseguiram resolver um problema. Ainda assim, Simão Sousa mostra-se “muito orgulhoso” com os elementos da UBI que participaram nesta prova. Isto porque, “os resultados permitem-nos verificar que uma equipa da UBI esteve prestes a solucionar os dois problemas mais difíceis”. Algo que, a registar-se, colocaria a equipa formada por três alunos da UBI, no segundo lugar do pódium. Simão Sousa, docente que esteve envolvido em toda a preparação do concurso, coloca de lado a tabela classificativa. Uma vez, que para este docente do Departamento de Informática, “o mais importante é participar” e tem sido “a presença constante” em todas as actividades deste género, por parte de docentes e alunos, “que tem colocado a UBI no mapa informático nacional”. Simão Sousa lembra que a UBI é uma universidade relativamente recente nesta área, “mas que já dá cartas e já conquistou o seu lugar no seio das mais prestigiadas instituições, a nível nacional”.

Pedagogia pura

Este tipo de desafios, que consiste em resolver um problema informático é sobretudo “pedagógico”. Segundo o responsável pela organização da prova, “não é preciso ter conhecimentos muito profundos de programação para vingar nestes desafios”.
Simão Sousa afirma que a chave para abrir a porta do sucesso, neste tipo de prova, “está no espírito de equipa”. Para encontrar uma resolução válida, “os alunos têm de empregar uma série de conhecimentos, em várias áreas”, refere. Informática, matemática, álgebra, são apenas algumas das disciplinas que podem estar implícitas nos desafios lançados. Simão Sousa sublinha que “em três horas, os alunos vão ter de solucionar uma situação de crise”. Tal qual como no mercado de trabalho, “onde se vão deparar com problemas informáticos que também vão ter de solucionar”, remata. O responsável prepara agora já a grande final nacional deste tipo de desafios. A 21 de Outubro próximo, a Biblioteca Central da UBI vai transformar-se numa sala de informática, onde 18 equipas de diferentes universidades portuguesas vão estar reunidas. A Maratona Inter-Universitária de Programação (MIUP) vai ter lugar, pela primeira vez, na UBI. Uma prova com a duração de cinco horas em que os participantes vão ter de resolver um total de nove problemas informáticos que vão desde o cálculo de áreas até à melhor forma de transmissão de mensagens recorrendo a códigos. Os desafios a ser apresentados “aos melhores alunos da área” vão ser preparados por um comité nacional onde também estão presentes alguns docentes da UBI. Como anfitriã da prova, a instituição covilhanense tem já confirmada a participação de equipa formadas por alunos da universidade covilhanense. Nesta prova participam um número limite de três equipas por universidade, onde são presença constante as universidades clássicas.