Este americano é considerado um dos precursores da literatura de ficção científica e fantástica moderna. Edgar Allan Pöe nasceu em Boston a 19 de Janeiro de 1809, tendo falecido a 7 de Outubro de 1849. Vivendo na primeira metade do século XIX, este escritor, poeta, romancista e crítico literário ficou para a história pelas suas obras serem reconhecidas como os primeiros policiais, bem como o que se diz ser o inicio de uma verdadeira literatura norte-americana.
Ficando conhecido pela sua maneira de escrever, Pöe utilizava nas suas obras um “terror psicológico”, pois as suas personagens apresentavam-se entre a lucidez e a loucura, praticando actos desumanos ou sofrendo de doenças assustadoras. As suas obras têm ainda a particularidade de serem sempre narradas na primeira pessoa. Apesar de se dedicar a temas mais relacionados com a morte, num género de romantismo negro, onde abordava a decomposição dos corpos ou reanimação dos mortos e o luto, Edgar Allan Pöe também se dedicou ao humor e à ficção científica. Na sua obra estão presentes também sátiras e contos de humor onde usava a ironia e a extravagância do ridículo.
Edgar Allan Pöe não teve vida fácil. Tendo nascido numa família escocesa-irlandesa, desde muito cedo se viu sem pais. Em 1810, seu pai e actor David Pöe Jr. abandonou a família e no ano seguinte a também actriz Elizabeth Arnold Hopkings Pöe, sua mãe, morreu de tuberculose. Apesar de nunca ter sido adoptado legalmente, John Allan, um bem sucedido comerciante de tabaco, e a sua mulher Frances Allan, tomaram conta de Pöe.
Na sua adolescência demonstrou ser um aventureiro e boémio, condição que nunca o largou ao longo da sua vida, para o bem e para o mal. Foi expulso por essas razões, em 1826, da Universidade de Virgínia. No ano seguinte Pöe desentende-se com o seu pai adoptivo devido a dívidas de jogo e alista-se nas forças armadas, publicando neste mesmo ano o seu primeiro livro “Tamerlane and Other Poems”. Passados dois anos no serviço militar foi dispensado, e nesse mesmo ano a sua madrasta morre. Lança o seu segundo livro Al Aaraf e reconcilia-se com o pai adoptivo, que o ajudou a entrar na Academia Militar de West Point . Mais uma vez, acabou por ser expulso por desobediência a ordens, e o pai cortou definitivamente relações com Pöe.
A partir deste momento, o escritor passou a viver em Baltimore, em casa de uma tia viúva e é também a partir desta fase que começou a trabalhar em jornais. Poe casou em 1836, em segredo, com a filha da sua tia, Virginia, que tinha 13 anos. Publicando livros e trabalhando em jornais, viajando de cidade em cidade, em 1847 a sua mulher morre de tuberculose e durante esta fase da doença Pöe começa o seu consumo excessivo de álcool. Num estado instável, Edgar Allan Pöe esteve noivo da poeta Sarah Helen Whitman, mas o casamento não chegou a realizar-se. Com o desgosto, ainda tentou o suicídio, mas acabou por regressar a Richmond onde retomou uma paixão de infância com Sarah Elmira Royster.
Tal como a sua vida, a sua morte acabou por ser polémica. Pöe foi encontrado nas ruas de Baltimore no dia 3 de Outubro de 1849, com roupas que não eram suas e num estado de delírio. Apesar de ter morrido passados apenas quatro dias, o escritor nunca conseguiu explicar o seu estado. As suas últimas palavras terão sido “It’s all over now: write Eddy is no more” (Está tudo acabado: escrevam Eddy já não existe).
Fontes:
http://www.online-literature.com/poe/
http://www.poebrasil.com.br/
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