Voltar à Página da edicao n. 438 de 2008-06-17
Jornal Online da UBI, da Covilhã, da Região e do Resto
Director: João Canavilhas Director-adjunto: Anabela Gradim
 

“Vou sentir a falta dos alunos, pois foram para mim uma mais valia ”

> Raquel Carvalho

U@O -Nas várias décadas de ensino passou por muitas experiências, com certeza que tem algum episódio que o marcou de uma forma diferente. Pode-nos falar sobre isso?
J.G. –
Episódios? Foram tantos… Foi uma experiência muito gratificante na minha vida, todos foram importantes, tudo foi muito bem no aspecto de ensino. O episódio de mais trabalho foi a passagem para Bolonha, que acabou por ser positivo. Não tenho nenhum episódio a acentuar.

U@O -E entre as centenas de alunos, há algum episódio especial?
J.G –
Dos alunos, gostei muito. De todos alunos que me passaram pelas mão (uns mais aplicados, uns melhores) foram alunos que me marcaram e de que até tenho saudades.

U@O -O facto de ter abandonado a carreira de docente, foi uma paragem “forçada” ou voluntária?
J.G –
Não foi voluntária, foi imposta por lei, atingindo o limite de idade, temos que abandonar o ensino. A evolução da vida é assim mesmo, e apesar de tudo continuo a ter contacto com a universidade. É evidente que é diferente, agora tenho mais tempo para dedicar a outras coisas, para escrever com mais calma, com mais serenidade, e outras coisas mais.

U@O -Do que acha que vai sentir mais falta?
J.G –
Vou sentir a falta dos alunos! Os alunos foram para mim uma mais valia, ajudaram me a ser mais jovem e a conservar este espírito de juventude, a acompanhar o mundo de outra maneira, quer como padre, quer como adulto, quer como professor, quer como director do jornal. É muito importante o contacto com os jovens, é ver o mundo de maneira diferente. É uma grande riqueza, da qual sinto muitas saudades, e sinto um certo vazio.

U@O -Fala-se tanto de professores e professores, qual foi a principal lição que tirou?
J.G –
Vale a pena ser professor! Gostei de ser professor, realizei-me como professor, desde que sou padre fui sempre professor. É uma profissão que sempre gostei de exercer porque gosto não só de ministrar conhecimentos como de ajudar os jovens na sua formação pessoal. Tenho uma experiência de professor multifacetada, fui professor de religião e moral, de filosofia, de português, e depois dei as aulas nas áreas de jornalismo e da comunicação que sempre me realizaram. Creio que terei conseguido o objectivo de ajudar muita gente a serem mais pessoas e a serem homens e mulheres que podem desempenhar um papel importante na sociedade moderna.

Perfil de José Geraldes

Realizei-me em três paixões: na paixão como padre, na paixão como jornalista e na paixão como docente
 
Em Portugal, a palavra Comunicação Social é muito usada



"Agora tenho mais tempo para dedicar a outras coisas, para escrever com mais calma, com mais serenidade"


Data de publicação: 2008-06-17 00:00:00
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