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A autarquia guardense espera agora conseguir levar a PLIE avante

Câmara da Guarda aumenta participação social na PLIE

Dois grandes grupos não quiseram aumentar a sua participação social na Plataforma Logística, o que obrigou a Câmara a avançar. Autarquia admite que terão que ser as empresas da região a assegurar esse aumento.

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O presidente da Câmara da Guarda admitiu na passada semana que os empresários da região terão que assegurar o aumento do capital social da sociedade da Plataforma Logística, face ao desinteresse de dois grandes grupos do sector da logística.
Segundo o autarca Joaquim Valente, que também preside ao conselho de administração da PLIE, os grupos Mota-Engil e Luís Simões, que fazem parte da sociedade com dez por cento do capital social, não se mostraram interessados em aumentar a sua participação na Plataforma Logística de Iniciativa Empresarial (PLIE) da Guarda.
Valente explica à Lusa que no final do ano, quando foi decidido aumentar o capital social para 1,5 milhões de euros, os dois grupos informaram que “não sairiam da sociedade mas que não iriam à realização do aumento de capital”. “Estas empresas têm as suas estratégias de investimento e, porventura, este investimento não será estratégico”, justifica. Joaquim Valente afirma que devido a esta situação, a Câmara teve que aumentar a sua participação na sociedade, que passou de 37 para 63 por cento.
“O processo de realização do aumento de capital social mantém-se e tem que ser feito”, refere, indicando que “em breve” irá realizar-se uma Assembleia-geral para discutir este assunto. “O acordo parasocial aponta que os privados tenham a maioria do capital, porque, a não ser assim, transformar-se-ia numa empresa municipal, que ninguém quer, nem deseja”, diz Joaquim Valente.
Para além do Município e daqueles dois grupos de logística, integram a estrutura accionista da PLIE o grupo Joalto, as empresas Gonçalves & Gonçalves, Manuel Rodrigues Gouveia, Ecosoros e ServiHomem, Associação Comercial da Guarda e NERGA – Associação Empresarial da Guarda.
Para evitar que a PLIE “caia” na condição de empresa municipal, defende que “tem que haver a disponibilidade de todos [os accionistas] para que se consiga fazer a realização do capital social”. “Temos que contar com aqueles que estão de corpo e alma neste projecto importantíssimo”, afirma o autarca, referindo-se aos empresários do distrito que integram a estrutura accionista da PLIE. “A PLIE é um equipamento que vai ter retorno e vai gerar riqueza e os privados também têm isso como objectivo”, acrescenta.
Recorda que é objectivo da Câmara da Guarda perder protagonismo no projecto, uma vez que “o acordo parasocial diz que a Câmara deve estar representada mas numa posição em que não deixe a empresa”. “O que pretendemos é ir diminuindo o capital social até cerca de 10 a 15 por cento”, revela.
A PLIE, dinamizada pela autarquia, é considerada um “projecto âncora” para o desenvolvimento empresarial e económico da região, disponibilizando um total de 196 lotes, numa área total de cerca de 100 hectares. É uma plataforma transfronteiriça inserida na Rede Nacional de Plataformas Logísticas, contemplando as vertentes de logística, indústria e serviços, integrando, também, um espaço tecnológico e uma incubadora de empresas.
No final de 2008, Joaquim Valente anunciou que as empresas Olano Logística de Frio Ld.ª, Pieter Smit-Theater Rock Portugal Ldª. e Mobile Vision-Marketing Visual Ld.ª, tinham iniciado o processo com vista à sua instalação na PLIE.
O grupo Olano, que opera no sector da logística, vai investir cerca de quatro milhões de euros na criação de um entreposto na Guarda, criando 25 trabalhos directos e 35 indirectos.


A autarquia guardense espera agora conseguir levar a PLIE avante
A autarquia guardense espera agora conseguir levar a PLIE avante


Data de publicação: 2009-01-27 00:01:00
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