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Gestão Integrada da Doença explicada na FCS
Rodolfo Pinto Silva · quarta, 19 de fevereiro de 2014 · UBI A palestra em formato de aula deu a conhecer o modelo de acompanhamento de algumas doenças crónicas. Propõe cuidados de maior qualidade e com menos desperdícios. |
Anabela Coelho, da Direção-Geral da Saúde |
21972 visitas As vantagens para o paciente e para o sistema de saúde da Gestão Integrada da Doença estiveram em análise na Faculdade de Ciências da Saúde, na segunda-feira, dia 17. Anabela Coelho, da Direção-Geral da Saúde (DGC), defendeu o modelo que está em funcionamento desde 2007, aplicado a alguns tipos de doenças crónicas. “Os resultados mostram que ganhamos todos em termos de segurança e de poupança para o sistema”, explicou. O modelo começou a ser desenhado, em Portugal, há cerca de nove anos e foi para o terreno há sete, em pacientes com insuficiência renal, um grupo populacional que ronda as 10 mil pessoas. Depois, foi alargado a doentes com esclerose múltipla, com obesidade de grau 3, e, mais tarde, a portadores de HIV e pacientes com hipertensão pulmonar. No seu conceito base, aposta na gestão e produção de informação sobre o doente e a patologia, aproxima o trabalho dos cuidados de saúde primários e hospitalares, está centrado no paciente e na sua participação no processo de tratamento e tem um financiamento ajustado aos resultados. Combinar cuidados de saúde e racionalização de meios nem sempre é bem entendido. Para Anabela Coelho, não há riscos: “A aposta é na gestão dos recursos e melhor acompanhamento do doente. Coloca-o no nível certo de cuidados, de forma que possa, com os recursos existentes, receber os tratamentos mais seguros, com melhor qualidade e eficiência, garantindo que o nosso Sistema Nacional de Saúde seja sustentável”. O balanço da aplicação desta gestão “tem sido excecional”, refere o elemento do Departamento da Qualidade na Saúde da DGS. Lembra que Portugal tem sido um case studie para os Estados Unidos, por exemplo. “Nas patologias que eram as mais custosas ao Estado, não retiramos direitos nem benefícios. Simplesmente tornámos o funcionamento mais fluído e garantimos que a circulação do doente pelo sistema é mais eficiente”, conclui. |
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