Jornal Online da UBI, da Região e do RestoDirectora: Anabela Gradim |
Geotécnicos debatem água, energia, transportes e ambiente
Rodolfo Pinto Silva · quarta, 16 de abril de 2014 · UBI O Congresso Nacional de Geotecnia reuniu na Covilhã estudantes e investigadores. O presidente da organização aproveitou para defender o investimento em infraestruturas na região. |
Carlos Matias Ramos, Bastonário da Ordem dos Engenheiros foi um dos participantes da sessão de abertura |
21970 visitas A Beira Interior precisa de apostar em infraestruturas para se desenvolver e ultrapassar a crise. Esta ideia foi defendida na abertura do 14º Congresso Nacional de Geotecnia por Vítor Cavaleiro, presidente da comissão organizadora do evento que decorreu na Universidade da Beira Interior (UBI). O congresso decorreu sob a égide de quatro grandes temas – água, energia, transportes e ambiente – qualquer uma deles importante para o impulsionar dos distritos de Castelo Branco e Guarda, com os profissionais da geotecnia terem um papel a desempenhar. “Nós estamos uma área que neste momento de crise se torna um oásis”, disse no final dos quatro dias que durou o evento Vítor Cavaleiro ao Urbi@Orbi. O docente da UBI argumenta que para que haja desenvolvimento regional e local, em termos sociais e económicos, “é necessário haver infraestruturas, sejam elas rodoviárias, ferroviárias ou fluviais e com respeito máximo pelo ambiente”. Entre as obras de raiz ou as estruturas existentes que é necessário manter, estão as “Minas da Panasqueira, onde se não houver respeito pelo ambiente é um desastre”. “É daqui que nascem alguns dos principais rios portugueses. Temos que os proteger se queremos um ambiente bom. Depois temos obras para fazer: chegar rápido do interior ao litoral. Implica que façamos túneis, para fazer transportar mercadorias de forma rápida”, acrescenta o catedrático do Departamento de Engenharia Civil e Arquitetura, defendendo que “com crise ou sem crise, tem que se fazer obra, que saem agora caras, mas que são se tornam baratas devido ao retorno extremamente fácil e entendível”.
Organização satisfeita Declarações no âmbito de um congresso organizado pela Sociedade Portuguesa de Geotecnia (SPG) e a UBI, através do Departamento de Engenharia Civil e Arquitetura (DECA), que reuniu na Covilhã um número significativo de estudantes e especialistas na área da geotecnia, entre os dias 6 e 9. A reflexão fez-se em torno das mais de 170 comunicações e a organização saiu satisfeita com a jornada de trabalho académico. “Muito satisfeito”, mostrou-se Vítor Cavaleiro: “Trouxemos todos os especialistas do País, das principais faculdades, e tivemos sociedades internacionais envolvidas. Foi muito bom para a região e para a Universidade”. Para José Machado do Vale, presidente da Sociedade Portuguesa de Geotecnia, o evento ultrapassou a expectativas. “Foi muito participado, tivemos muitos escritos. A qualidade dos artigos foi bastante boa e as comunicações têm sabido cativar os colegas que se mantêm nas salas a ouvir as lições. Tem sido muito bom”. Em paralelo com o Congresso Nacional de Geotecnia decorreram as 4ªs Jornadas Luso-Espanholas de Geotecnia. Ainda na segunda-feira, os participantes assistiram ao lançamento do livro “Túneis em Portugal”, na Câmara da Covilhã. Uma obra da Comissão Portuguesa de Túneis da Sociedade Portuguesa de Geotecnia, que surge para divulgar mais de meia centena de obras subterrâneas de referência em Portugal. Um momento que serviu para Vítor Pereira defender a construção dos túneis da Serra da Estrela.
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