As universidades da Beira Interior (UBI),  Pontifícia de Salamanca e da Extremadura juntaram-se em congresso, para partilharem conhecimentos e investigações no âmbito do envelhecimento. Manuel Loureiro, professor da UBI, realça esta ligação entre as três universidades e diz que é necessário "repensar as fronteiras”. Acrescentou ainda que este tipo de aproximação é fundamental porque “uma universidade sozinha só por si não consegue resolver problemas, não consegue candidatar-se a financiamentos ou a programas com alguma magnitude e significado”.

Os principais objetivos desta iniciativa passaram por difundir conhecimentos e bons uso geriátricos e gerontológicos, bem como apresentar investigações importantes desenvolvidas em torno da saúde do idoso. Foi possível ainda debater questões indispensáveis sobre independência, intimidade, ética e qualidade de vida na velhice. “Todos em conjunto não seremos demais para continuar a dar este apoio aos idosos e, numa casa como esta que é da cultura, da ciência e do saber, é fundamental aprender e dar a conhecer novas metodologias, novos trabalhos” declara António Melo Bernardo, diretor do Centro Distrital da Segurança Social de Castelo Branco.

Este projeto nasceu de uma parceria entre a UBI, a ACES (Agrupamentos de Centros de Saúde) e a INFAD (Asociación de Psicología Evolutiva y Educativa de la Infancia, Adolescencia, Mayores y Discapacidad). Florêncio Vicente Castro, presidente da INFAD, refere que “é necessário que nestas zonas fortemente envelhecidas, se faça um trabalho de recuperação e de ativação”. O mais importante para a INFAD, “professores e profissionais que trabalham na área da psicologia e envelhecimento, em múltiplos países, é unir a teoria e a prática”.

Vários oradores que sublinharam a importância de programas de promoção de saúde e qualidade de vida dos idosos, icentivando ainda o investimento científico na geriatria e gerontologia. A aluna de psicologia Rute Neves, que esteve envolvida na organização do evento, afirma que “é muito importante este tipo de iniciativas para contribuir para a formação dos alunos” e que a partilha de experiências por parte dos oradores é fundamental “para estarmos preparados para o futuro”.

As Jornadas e o Congresso contaram com a presença de médicos, psicólogos, enfermeiros, assistentes sociais, gerontólogos, técnicos de saúde, investigadores e estudantes.