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Ano novo, País em festa
Rodolfo Pinto Silva · quarta, 7 de janeiro de 2015 · Nacional Fogo de artifício, festa e animação. Os desejos de um Reveillon em grande concretizaram-se um pouco por todo o território nacional. |
21947 visitas A mudança de ano renova desejos. Mesmo quem não é adepto de rituais acaba por ser contagiado pelos votos de que o novo ano concretize metas e aspirações. Em parte, certamente, porque a maior parte das cidades e vilas do País se mobilizam para assinalar a data. O Urbi@Orbi foi conhecer como. Há quatro locais incontornáveis quando se fala em Reveillon. Madeira, Serra da Estrela, Lisboa e Porto. A “Pérola do Atlântico” é mesmo um dos destinos turísticos que faz parte do roteiro internacional. Desta vez, a organização das comemorações na Madeira apostou forte: o fogo de artifício teve 1390 disparos, espalhados pela orla marítima, oceano e cidade do Funchal. O Urbi@Orbi encontrou no meio da multidão um covilhanense que disse até: “A Madeira é extraordinária. Tem um clima único no mundo, vou voltar aqui até morrer”. Ao escolher a Madeira, este habitante da Covilhã não esteve noutro dos locais mais procurado para a passagem de ano. Na zona da Serra da Estrela os hotéis esgotaram, como é habitual, e a localidade das Penhas da Saúde foi um dos pontos das comemorações. Muitos amigos juntaram-se nas casas de diversão da aldeia de montanha onde houve um programa típico de discoteca. No dia seguinte, os restaurantes repletos de turistas mostravam as muitas pessoas que escolheram a animação serrana na noite anterior. Nas duas maiores cidades do País são comuns os espetáculos de fogo de artifício, juntamente com concertos. Em Lisboa, a festa das boas-vindas a 2015 passou pela Praça do Comércio e Ribeira das Naus, onde atuaram José Cid e Xutos e Pontapés. A cidade elogiada pela luz “especial”, teve o céu iluminado pelo fogo de artifício, com muitos estrangeiros a considerarem a noite “inesquecível”. No Porto, registou-se a maior enchente de sempre na Avenida dos Aliados. Em palco, uma banda da cidade, os Clã, a ajudar aos festejos que culminaram com o tradicional fogo de artifício que antecedeu mais música, desta vez com os Expensive Soul. Estes programas das grandes cidades acabam por atrair muita gente de fora. Em Lousada, os jovens encheram as ruas e uma tenda que recebeu os foliões até de manhã. Mas muitos foram atraídos pelos programas da capital do Norte, apenas a 30 quilómetros de distância. E ainda houve quem passasse a data com a família, repetindo a ementa natalícia, com bacalhau, batata, legumes e vinho. Não muito longe, em Lamego, talvez devido à crise, recuperam-se antigas emoções, segundo os locais, que aproveitam a data para estar com a família. Mas não falta a animação de bares e discotecas e, ainda, o inevitável fogo de artifício. E dança-se até de manhã. E na praia? Apesar das temperaturas negativas registadas na Nazaré, a despedida de 2014 atraiu milhares ao areal. Calcula-se que cerca de 80 mil pessoas, vindas de vários pontos do País, dinamizaram a economia local e criando um grande ambiente junto ao mar. Em São Martinho do Porto, a folia teve como palco a baía local. Quando não tem praia, festeja junto ao rio. Foi assim em Amarante. A cidade marcada pelo Rio Tâmega e o vinho verde ganhou um brilho especial, nem que fosse pelas fogueiras que a população acende para fazer aquilo a que chama a “matança do ano velho”. Há até quem fique colado à TV a ver os programa televisivos que acompanharam durante os meses anteriores, mas muitos preferem o espetáculo pirotécnico que acontece junto ao rio. E com a chegada do ano novo, os grupos mantêm a tradição de cantar as Janeiras e Reis nas freguesias. O contraponto de toda esta animação encontra-se em Albergaria-a-Velha, no distrito de Aveiro. A cidade “adormece” na noite do Réveillon. Não há festa organizada por entidades públicas e, nas ruas, passa quase despercebida a chegada do novo ano. Os habitantes acabam por lamentar e têm de procurar animação em outros locais. Certamente que a encontraram. A chegada do novo ano dificilmente é um momento de indiferença. Na vizinha Espanha, acompanhamos a mudança de ano em Valencia. Na cidade na costa mediterrânica, a "Nochevieja" foi festejada por sete mil jovens, ao longo de três dias, no Festivern, que assinalou a sua décima edição.
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