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UBI reforça aposta na área das engenharias
Rodolfo Pinto Silva · quarta, 15 de julho de 2015 · @@y8Xxv A Universidade da Beira Interior e a Ordem dos Engenheiros assinaram um protocolo destinado a desenvolver a formação e promover a profissão. É mais uma vertente do incentivo que a instituição de Ensino Superior quer fazer nesta área, para a qual existem diversas bolsas, além da tentativa de captar estudantes internacionais, como foi sublinhado pelo reitor, António Fidalgo. |
O protocolo foi assinado na tarde de segunda-feira, dia 13 |
22002 visitas A área das engenharias vai continuar a ser uma aposta da Universidade da Beira Interior (UBI). A garantia foi deixada pelo reitor da instituição, no dia em que assinou um protocolo com a Ordem dos Engenheiros (OE) – o primeiro a ser rubricado por uma universidade da região Centro. António Fidalgo lembrou que as engenharias estiveram na génese do Ensino Superior na Covilhã e no presente procura-se que o futuro seja garantido através da internacionalização, mas igualmente na ajuda aos alunos que escolham uma formação “que garante emprego”, afirmou. A própria ligação à OE é então mais uma forma da UBI aprofundar a aposta nesta área, que nos últimos anos não tem tido a procura de alunos que tanto António Fidalgo como Carlos Matias Ramos, Bastonário da OE, entendem ser necessária. “A Universidade da Beira Interior tem enfrentado esse desafio enorme, e mais que um desafio é uma ameaça, através da captação de novos públicos, de alunos internacionais, mas ao mesmo tempo dando condições económicas”, explicou o responsável máximo da UBI, salientando os apoios que existem da parte do Estado português e outros que a instituição tem garantido. Além das bolsas do programa +Superior há aquelas que resultam de parcerias com entidades da região, entre outras, e que permitem prever que no próximo ano letivo existam cerca de meia centena destinadas aos cursos de engenharia”, disse. “Um aluno pode vir para aqui e ter a certeza que, estudando um curso de futuro, o pode fazer sem sobrecarregar o orçamento familiar. Portanto, nós achamos que isto é muito positivo e é isso que nós queremos fazer: é que haja alunos que têm a capacidade, que fujam à moda, e que olhem para a engenharia como um curso de grande futuro e de grande empregabilidade”, salientou António Fidalgo. Uma opção que é aposta há 40 anos e é para continuar para fazer face aos desafios, disse ainda o reitor da UBI, perante uma sala onde se encontravam docentes e responsáveis de cursos da área, como o presidente da Faculdade de Engenharia, Mário Freire, e João Canavilhas, vice-reitor para o Ensino, Internacionalização e Saídas Profissionais. Carlos Matias Ramos elogia esta diretriz da UBI, porque vê na engenharia um elemento para o crescimento económico. Defendeu esta tese com o argumento que as empresas têm de se adaptar e perceber que precisam de engenheiros, tal como o País. “Agora descobriu-se, nomeadamente nestes governos, que a inovação é um fator decisivo, mas a inovação só pode ser no produto, no marketing ou na gestão. Para se criar um produto que seja apelativo e que tenha valor acrescentado, tem que ser com engenharia. Não há outra forma. Quem disser que não é com engenharia e tecnologia está perfeitamente enganado. E portanto, um país que não aposta na engenharia, é um país sem futuro. O preocupante é que as empresas não percebam que não tendo engenheiros, não vão mais longe no seu mecanismo de produção”, salientou o Bastonário da OE, que também abordou a questão da engenharia civil, que necessitará de 400 novos formados por ano para fazer face às novas tarefas dos profissionais, e a importância da internacionalização. Intervenções que antecederam a assinatura do protocolo por António Fidalgo, Carlos Matias Ramos, e Octávio Alexandrino, presidente do Conselho Diretivo da Região Centro da OE, na segunda-feira, dia 12. Pelo menos durante os três anos de vigência do acordo serão realizadas pelas duas entidades ações com o objetivo de desenvolver o ensino e a prática da engenharia portuguesa. Estão previstas a promoção, divulgação e difusão de iniciativas da OE e da UBI, bem como uma intervenção conjunta na formação, reconhecimento do ensino e exercício da profissão, realização de estudos, participação no Observatório do Engenheiro, apoio ao empreendedorismo, internacionalização da engenharia e aprofundamento da interligação entre a comunidade escolar da UBI e a OE. Neste último, a OE compromete-se a atribuir um prémio anual ao melhor aluno que conclua um curso de engenharia da UBI nesse ano e atribuir uma subvenção anual aos núcleos de estudantes da Faculdade de Engenharia da Universidade da Beira Interior, através da entrega direta de valor monetário, de acordo com os critérios definidos no protocolo. |
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