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Concerto de Ano Novo dedicado à Covilhã
Carla Sousa · quarta, 27 de janeiro de 2016 · Cultura No passado dia 23 de janeiro, no Teatro Municipal da Covilhã, a Orquestra Sinfónica da Covilhã e o Coro Misto da Beira Interior protagonizaram um Concerto de Ano Novo. O evento foi pensado por Tiago Rasinhas, ex- aluno da Escola Profissional de Artes da Covilhã (EPABI), que compôs uma das peças apresentadas dedicada à cidade. |
Carlos Salazar dirigiu o concerto de Ano Novo. |
21961 visitas "Sentia que tinha que dar alguma coisa à cidade, pelo que me ofereceu durante seis anos, e cheguei à conclusão de que a melhor maneira seria escrever uma sinfonia", explica Tiago Rasinhas, autor da Sinfonia n.º1 "Cidade Neve", dedicada à cidade e interpretada no concerto de dia 23 pela Orquestra Sinfónica da Covilhã e pelo Coro Misto da Beira Interior. "Concerto para Eufónio e Orquestra Clássica" - com a paticipação do solista Mauro Martins - foi outro tema interpretado da sua autoria, para além de "Abertura Sinfónica n.º 3", da autoria de Joly Braga Santos. O "Concerto para Eufónio e Orquestra Clássica" é uma obra inspirada nos "antepassados da música", sendo que, a sinfonia retrata "a cidade, num passeio pelas ruas, pelas paisagens", explica o autor. Para a realização deste concerto, Tiago Rasinhas procurou apoio junto de várias entidades, que "inicialmente ficaram de pé atrás, visto que eu sou muito novo, mas quando viram que este projeto tinha pernas para andar tive todo o apoio necessário, todos trabalhámos em conjunto para que tudo corresse bem", confessa. O Conservatório da Covilhã foi uma das instituições que deu o seu contributo "com alunos para integrarem a Orquestra Sinfónica e com apoio logístico", refere Maria Gomes, diretora pedagógica. "A Covilhã é uma cidade que necessitava de ter mais oferta cultural. É muito importante fazer com que as pessoas saiam de casa e venham ouvir música ao vivo tocada por jovens, que dedicam muitas horas de trabalho para estarem aqui", acrescenta. Maria Bispo, espectadora do concerto, afirma que "as expetativas foram altamente superadas", sendo que "estes eventos artísticos têm uma grande importância cultural e educativa, porque este mundo cria a alma das gentes e das terras". Por sua vez, José Machado revela que "não estava à espera que um rapaz tão novo fizesse uma composição tão completa e tão perfeita". De resto, desabafa que "às vezes se dá pouco valor à cidade, mas na verdade ela tem muitas capacidades e muita coisa a ser explorada a nível artístico e não só". Para o futuro, Carlos Salazar, maestro da Orquestra Sinfónica da Covilhã, pondera a repetição da iniciativa. "Basta que para isso exista o convite, porque vontade por parte dos músicos existe, a parte mais trabalhosa, que eram os ensaios já está feita, a partir daqui o reportório está montado". A Orquestra Sinfónica da Covilhã foi especificamente constituída para este concerto e integrou músicos, alunos e professores das três instituições organizadoras, EPABI, Conservatório da Covilhã e ACBI. |
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