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Seminários em Exercício e Saúde na UBI
Carla Sousa · quarta, 24 de fevereiro de 2016 · UBI No âmbito dos Seminários em Exercício e Saúde, no passado dia 18 de fevereiro, na Universidade da Beira Interior (UBI), a docente Dina Miragaia, sob o tema "Identificação do perfil do consumidor como ferramenta de gestão de estruturas de exercício e saúde", foi a primeira oradora de um conjunto de seis seminários que se vão prolongar até dia 6 de maio. |
Dina Miragaia durante os Seminários em Exercício e Saúde |
21966 visitas Através deste conjunto de seminários, os alunos de Mestrado em Ciências do Desporto têm a possibilidade de contactar com especialistas da área do exercício e saúde, que lhes explicam "como se faz investigação, como se desenrolam determinadas práticas e como se operacionalizam conhecimentos de outras áreas científicas, como é o caso da gestão e do marketing, no âmbito do exercício e saúde", refere Dulce Esteves, docente do departamento de Ciências do Desporto. De um modo geral, com esta iniciativa pretende-se "colmatar algumas deficiências na formação dos nossos estudantes, tentando alargar os horizontes da área do exercício e saúde fora das unidades curriculares específicas que eles têm no mestrado e que não são suficientes para dar toda esta abrangência", afirma a responsável pela organização dos seminários. Segundo Dulce Esteves, cada vez mais os cidadãos têm noção de que a prática de exercício físico é "essencial para a manutenção do bom estado de saúde". Porém, a verdade é que "a prática continuada é muito baixa, há fases do ano em que as pessoas se propõem e começam a fazer exercício, mas desistem muito facilmente do seu plano de exercício e saúde", declara. Por isso, defende que a "prática continuada ainda é algo que nós devemos promover e trabalhar", reitera. Na sua intervenção, Dina Miragaia explanou aos estudantes os diferentes mercados na área do exercício e saúde, bem como as organizações que enquadram serviços desta natureza. Deste modo, afiança que "existe muito a ideia de que o exercício e saúde está encaixado naquilo que é a indústria do fitness, nomeadamente na estrutura mais convencional que são os health clubs e ginásios". No entanto, neste momento "a indústria do turismo e estâncias termais têm integrado os programas de exercício e saúde como forma de serem mais competitivos e diferenciadores". Assim, este facto pode ser uma "oportunidade de emprego para os estudantes de Ciências do Desporto, num país em que mais de 50 por cento da população está sem praticar de forma regular algum tipo de atividade física", explica. Na atualidade, os circuitos de recriação e lazer como a utilização de equipamentos desportivos ao ar livre, nomeadamente, nos parques da cidade são uma realidade e possibilitam que se aposte numa "vertente de prevenção e da melhoria da qualidade de vida em vez de deixar o consumidor chegar a uma situação extrema, onde precisa da prática desportiva ou do exercício para um processo de reabilitação", garante. Neste sentido, a docente assegura que existe uma necessidade em investir no processo de individualização do consumidor deste tipo de produtos. "A ferramenta específica do perfil do consumidor é uma das ferramentas que pode e deve ser usada para trabalhar e otimizar a prestação de serviços, pois quando nós falamos de consumidor, este tem caraterísticas muito diversas, desde idade, género, interesses e motivações", acrescenta. Para além destes seis encontros, vão ser apresentados mais quatro seminários em Exercício e Saúde no decorrer das Jornadas Comemorativas dos 20 anos do curso de Ciências do Desporto, onde vão também marcar presença personalidades internacionais de relevo no âmbito da temática em exercício e saúde. |
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