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UBI recebe Colóquios da Neve
Carla Sousa · quarta, 4 de maio de 2016 · Assente numa visão de futuro naquilo que é o educador do século XXI, a primeira edição dos Colóquios da Neve, que tiveram lugar na Universidade da Beira Interior (UBI), serviu para despertar a consciência dos professores, do ensino básico e secundário, para a importância da utilização das novas tecnologias para alcançar a melhoria da aprendizagem nos estudantes. A iniciativa decorreu nos dias 29 e 30 de abril. |
UBI recebeu aquela que foi a primeira edição dos Colóquios da Neve |
21998 visitas A organização do evento é da responsabilidade do Centro de Formação da Associação de Escolas da Beira Interior (CFAEBI), em conjunto com a UBI e com a Câmara Municipal da Covilhã e visa, através da “análise e da reflexão”, “proporcionar a partilha do conhecimento, neste caso de teor mais técnico e prático, mas sempre na perspetiva de despertar os docentes para a utilização de ferramentas de índole tecnológica e atual”, refere o diretor da CFAEBI. Neste sentido, Benjamim Luciano reconhece ainda que estes instrumentos digitais podem ser importantes aliados na diminuição da discrepância, entre alunos e docentes, no que concerne à linguagem informática. “As ferramentas tecnológicas são acessíveis, úteis, produtivas e de fácil exploração, sempre também no sentido de abrir caminho ao domínio de uma linguagem mais próxima dos alunos”, assegura. Na sessão de abertura, o vice-reitor para o Ensino, Internacionalização e Saídas Profissionais lembra que antes de ingressarem no ensino universitário os alunos recebem os ensinamentos dos professores do secundário, sendo que estes últimos se apresentam como facilitadores neste processo de transição. “Os alunos quando chegam aqui passaram por alguns de vocês, o nosso trabalho depende em grande parte do vosso trabalho e portanto tudo que seja ligação àquilo que é o vosso trabalho, até ao décimo segundo ano, para nós é importante, para reduzir o máximo possível esta mudança, às vezes bastante abrupta de sair do ensino secundário e ingressar no superior”, explica. Por isso, João Canavilhas destaca que a “abertura da universidade em relação às escolas é total, aliás ela materializa-se em várias atividades que nós desenvolvemos ao longo do ano e que vocês conhecem desde o UBI Experiências até às Torres de Esparguete”. Segundo o vereador da Câmara Municipal da Covilhã, com o pelouro da Educação, “quando lidamos com professores estamos a lidar com as pessoas mais ferramentadas mentalmente para de facto entenderem as necessidades não só socioprofissionais, do que lhes diz respeito, mas as grandes necessidades que competem à nossa contemporaneidade”. “Eu acredito que com os professores, com o sistema bem trabalhado, credibilizado, com os políticos a dar o devido e a ter o devido entendimento do que representam as questões da educação, nós naturalmente teremos capacidade para entender o dia a dia e, mais do que isso, não termos medo do futuro”, acrescenta. A diretora para a Educação, Cidadania e Responsabilidade Social da Microsoft Portugal foi a primeira oradora, com a temática sobre a “Visão da Microsoft para a Educação”, a transmitir os seus conhecimentos aos indivíduos que decidiram participar nesta formação. De resto, Vânia Neto admite que vivemos “numa era tecnológica, em que os alunos de hoje em dia são todos nativos digitais e, portanto temos aqui de facto um desafio que se coloca perante qualquer professor”. Tendo em conta estes novos desafios do século XXI, a professora da Escola Secundária Campos Melo, confessa que procura nesta ação o adquirir de uma capacidade de inovação, com o objetivo de poder acompanhar os conhecimentos tecnológicos dos discentes que leciona. “Eu tenho a necessidade de inovar, e de acompanhar os alunos. Uma preocupação minha é motivar cada vez mais os meus alunos para a aprendizagem e também já me apercebi que eu tenho que mudar as minhas práticas letivas. Eles têm instrumentos novos, que usam todos os dias, de uma maneira muito fácil, então cabe-me a mim também procurar novas estratégias e funcionalidades para esses instrumentos”, frisa Ilda Santos. Por sua vez, para potenciar a aprendizagem, o docente do Agrupamento de Escolas Gardunha e Xisto, localizado no Fundão, defende o uso de aparelhos, tais como telemóveis que na atualidade são proibidos na generalidade dos estabelecimentos escolares, em ambiente de sala de aula. “Se existe esse recurso, em vez de ser mal utilizado porquê não sermos nós a propiciar uma utilização e uma melhor aprendizagem dos alunos recorrendo a esse recurso que eles têm, ou no bolso ou na mochila, mas que não podem usar dentro da sala de aula”, menciona Joaquim Fonseca. Estes dois dias, que mobilizaram grande parte da comunidade escolar da região, foram preenchidos com vários workshops e colóquios, que também contaram com a presença do Diretor Geral de Educação, José Pedroso, com Sampaio da Nóvoa e Fernando Albuquerque, ambos da Universidade Nova de Lisboa e com Maria Loureiro, da Universidade de Aveiro.
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