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IV Seminário de Gestão em Saúde
Carla Sousa · quarta, 11 de maio de 2016 · UBI A quarta edição do Seminário de Gestão em Saúde, subordinada ao tema “Logística Hospitalar, uma opção estratégica ou um processo administrativo?” reuniu várias entidades da área da saúde que refletiram sobre os desafios que na atualidade se colocam à Gestão em Saúde. O evento decorreu nos dias 5 e 6 de maio, na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas (FCSH) da Universidade da Beira Interior (UBI). |
Reitor da UBI, António Fidalgo, durante o IV Seminário de Gestão em Saúde |
21982 visitas De acordo com o presidente da Administração Regional de Saúde (ARS) do Centro, a temática que esteve em discussão é “da maior relevância para o setor da saúde e para a sua rede de serviços de saúde, face à complexidade da gestão do setor hospitalar e aos fatores sociais, económicos e financeiros em questão”. José Manuel Tereso considera que “gerir uma entidade hospitalar é gerir um sistema altamente complexo, pelas relações orgânicas e funcionais entre serviços e profissionais e pela quantidade e diferenciação de recursos mobilizados, sejam eles financeiros, tecnológicos, ou outros”. Para além disso, implica ainda “intervir em áreas críticas como o planeamento e controlo dos custos de stock e dominar técnicas de gestão, também de stocks. Em síntese, trata-se de basear a intervenção numa dupla evidência económica e de efetividade primordial à sustentabilidade individual e sistémica”, garante. O representante do Secretário de Estado da Saúde, na sessão de abertura, destaca que “ao gestor hospitalar incumbe a satisfação de necessidades reportadas por outros, designadamente relacionadas com os medicamentos ou com as tecnologias médicas, ou pelos profissionais todos eles muito decisivos”.“Hoje na complexidade que é um hospital, todos temos que trabalhar em equipa, e não em setor a setor, todos temos que trabalhar numa vasta equipa”, acrescenta. A presidente da comissão organizadora da iniciativa sublinha que quando a condição financeira de uma unidade de saúde passa por dificuldades a gestão da cadeia de abastecimento assume-se como uma área que possibilita o alcance de melhores resultados. “À medida que os custos com as prestações de cuidados de saúde crescem e que a situação financeira das prestadoras de cuidado de saúde se deteriora há um consenso crescente da necessidade de um conjunto de competências específicas que permitam reposicionar as organizações de forma a prepará-las para um ambiente de mercado competitivo, onde a gestão da cadeia de abastecimento assume uma das principais áreas onde há possibilidade de melhoria e onde se podem conseguir impactos importantes na performance das organizações”, admite Anabela Almeida. De resto, o reitor da UBI congratula-se com a realização deste género de eventos na instituição académica. “É bom estar nestas iniciativas da universidade porque é neste cruzamento de saberes que verdadeiramente se cumpre a missão da universidade, a universidade não é um saber especializado é uma universalidade de saberes”, assume. Da mesma forma, também “presta um serviço porque o que a universidade tem de fazer é não só estudar aquilo que existe, fazer um levantamento desse estudo empírico, do que é a realidade, mas ao mesmo tempo de fazer propostas, de apresentar alternativas”, reconhece António Fidalgo. Este seminário foi organizado pelo Departamento de Gestão e Economia, Faculdade de Ciências Sociais e Humanas e Faculdade de Ciências da Saúde da UBI, com a colaboração do Centro Hospitalar Cova da Beira. José Manuel Silva, Bastonário da Ordem dos Médicos, Ana Freitas, da Associação Portuguesa de Farmacêuticos Hospitalares e Artur Mimoso, dos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde foram alguns dos nomes que passaram por esta quarta edição do seminário. Também o Secretário de Estado da Saúde, Manuel Delgado, marcou presença na sessão de encerramento do evento. |
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