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Spin Doctoring, a arte da manipulação
João Botão dos Santos e Lisandra Maravilha · quarta, 23 de novembro de 2016 · Continuado
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21967 visitas O termo “Spin Doctoring” surge pela primeira vez a 21 de outubro de 1984, num texto de William Safire, colunista do The New York times, inserido no segundo debate entre Ronald Reagan e Walter Mondale, o primeiro viria a vencer a corrida eleitoral à Casa Branca. O termo pretendia descrever o papel dos assessores de imprensa de Ronald Reagan. Na década de 60 já James Reston, jornalista desportivo ligado ao basebol, utilizava o termo “to spin”, utilizado na gíria desportiva para descrever o efeito dado à bola pelos jogadores para enganar o adversário. Ainda antes, em 1910, Ivy Lee auto designava-se “doctor of publicity”, numa clara alusão ao atual papel dos Spin Doctors, que antes de ter esta atribuição teve outras como “Press Agent´s” ou mesmo Publicist´s. É percetível que este não é um fenómeno novo, Vasco Ribeiro, na sua tese de mestrado esmiuçou a temática no contexto de Portugal. Entrevistou assessores de imprensa, consultores de vários partidos políticos e dois ex-primeiro-ministros, Pedro Santana Lopes e José Sócrates. Na conclusão do seu trabalho concluiu que a atividade é evidente no País, assim como descortinou e identificou os protagonistas desta arte. Questionado sobre a grande diferença entre um assessor de imprensa e um spin doctor, Vasco Ribeiro foi perentório, “a orquestra da manipulação”, reportando-se ao trabalho dos agentes que trabalham nos bastidores do poder.
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