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"Fôlego" vence XII UBICinema
Carla Sousa · quarta, 21 de dezembro de 2016 · UBI O filme "Fôlego", de Rúben Sevivas, antigo estudante de Cinema da UBI, foi o grande vencedor da décima segunda edição do UBIcinema, ao conseguir arrecadar quatro prémios, das oito categorias que estavam em competição. O festival de cinema decorreu entre os dias 12 e 15 de dezembro, na Universidade da Beira Interior (UBI). |
Foram distribuídos oito prémios nesta edição do UBIcinema |
22002 visitas Em mais uma edição do festival universitário que premeia os melhores filmes produzidos por atuais e antigos alunos da UBI, Rúben Sevivas acabou mesmo por levar para casa os quatro prémios, nas categorias de “Melhor Guião”, “Melhor Realização”, “Melhor Montagem” e “Prémio do Público”. Tal como explica o jovem realizador, o filme que esteve em destaque retrata “um desportista a quem foi diagnosticado cancro e que entra numa fase um bocado mais depressiva. Basicamente é a jornada dele até à redenção ou até à procura de uma nova oportunidade na vida”. Em declarações ao Urbi et Orbi, Rúben Sevivas não esconde a satisfação por ver todo o seu trabalho reconhecido, mesmo apesar das dificuldades encontradas aquando o desenvolvimento do projeto. “Tendo em conta as limitações que temos a nível de orçamento, tempo e equipa, estes prémios acabam por ser um orgulho enorme, é sem dúvida uma vitória”, assume. O cineasta não esquece todo o grupo que o ajudou a concretizar este objetivo e destaca o espírito de equipa que sempre existiu. “Esta foi a melhor equipa com quem alguma vez trabalhei, refiro-me concretamente ao diretor de som e à diretora de fotografia, na medida em que não somos os melhores técnicos, mas demo-nos muito bem e demos espaço para a criatividade de cada um”, realça. Esta equipa está já focada em colocar o filme no circuito dos festivais. “Temos já uma lista de vários festivais e nós estamos a tentar que a estreia seja num festival específico”, conta. O premiado aproveita ainda para deixar um conselho aos discentes de Cinema da UBI. “Os alunos da UBI devem-se prender à ideia de terem objetivos fortes, de saberem muito bem aquilo que querem fazer, mas têm que ser bastante pragmáticos e ser inteligentes nas escolhas dos guiões que escrevem para conseguir concretizar em projeto final”, aconselha. “Fôlego” contou com um orçamento de 600 euros, financiado pela UBI e pelo Instituto do Cinema e do Audiovisual, e foi rodado em duas cidades e uma vila portuguesas, respetivamente Covilhã, Chaves e Vila Pouca de Aguiar. De acordo com Ana Catarina Pereira, membro da organização do festival, a atribuição destes prémios “é uma espécie de retribuição pelo trabalho final de Licenciatura e de Mestrado que os alunos têm. Para eles é o primeiro contacto do filme com o público, depois o filme normalmente segue para festivais, mas aqui tem uma primeira apreciação de várias pessoas, de professores e de colegas e isso é muito importante”. Ao longo dos anos, a qualidade dos trabalhos apresentados tem sido uma constante e já não é surpresa para a também docente da UBI. “A qualidade demonstrada não me surpreende e acho que se deve à formação muito ampla que os estudantes têm, ou seja tanto a Licenciatura como o Mestrado de Cinema não são especializações numa determinada área técnica”, garante. Depois da cerimónia de atribuição dos prémios, que teve lugar no dia 15 de dezembro, a organizadora assegura que já está a trabalhar no próximo passo, “levar os filmes aos festivais”. Além da atribuição destes galardões, o UBICinema contemplou ainda mostras de filmes e Workshops com especialistas da sétima arte. O festival foi integralmente organizado pelos estudantes de terceiro ano, no âmbito da unidade curricular de Seminário. Uma boa oportunidade, segundo Ana Catarina Pereira, para os alunos irem interiorizando todos os aspetos relacionados com a organização de um festival, uma vez que esta também pode ser uma das suas possíveis saídas profissionais. “Com este tipo de atividades, os estudantes começam a habituar-se a organizar festivais de cinema, pois nem todos eles vão ser realizadores de cinema, ou diretores de som, ou trabalhar na parte mais técnica, muitos vão trabalhar na área cultural”, frisa. O filme “Eikasia”, de Miguel Pinto e Francisco Morais, recebeu o prémio de “Melhor Som”, “Melhor Fotografia” e “Melhor Filme de Licenciatura”. Já a produção “O céu não chega aos peixes”, de Inês Lebreaud foi distinguida com o prémio de “Melhor Filme de Mestrado”. O júri do concurso foi constituído por Mário Branquinho, diretor do Festival CineEco de Seia e por docentes da UBI, nomeadamente Ana Catarina Pereira, Vasco Diogo, Francisco Merino, Rui Moreira, Fernando Cabral e Tiago Fernandes. |
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