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Cultura de mãos dadas com o turismo
João Botão dos Santos · quarta, 15 de mar?o de 2017 · Continuado
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21980 visitas A primeira mesa do dia colocou lado a lado a cultura com a economia e o turismo, juntando os agentes culturais em representação das autarquias da região. Todos concordaram em assumir um papel de relevo máximo da cultura quanto aos seus municípios. A primeira oradora da manhã foi a vereadora da cultura do Fundão, Alcina Cerdeira, que não teve rodeios em afirmar que a sua cidade “adotou a cultura como um pilar fundamental”. A autarca aproveitou também a sua intervenção para dar a conhecer alguns projetos que o município desenvolveu como foi o caso das casas temáticas espalhadas por todo o concelho. “Uma luz que precisa de mais energia”, foi assim que Jorge Torrão se dirigiu à cultura trabalhada na região e especificamente na Covilhã, em alusão ao cartaz do evento. O vereador responsável pelo pelouro da cultura na cidade neve, acabou por retratar alguns dos handicaps que encontrou com a sua entrada na autarquia, metaforizando-os como os Cavaleiros do Apocalipse. O autarca salientou a falta de um planeamento de gestão e ação política, o envelhecimento da população e a difícil tarefa da questão financeira e da subsidiação ao associativismo. Jorge Torrão não se coibiu ainda de deixar um desafio ao jovens estudantes no sentido destes complementarem o seu currículo académico com o mundo real, nomeadamente fixando-se nas associações da cidade. “É preciso incluir no movimento do associativismo pessoas qualificadas”, avançou Jorge Torrão com a expectativa de num futuro próximo conseguir estabelecer um Conselho Municipal da Cultura. O município de Belmonte esteve representado pela vereadora Sofia Fernandes, que começou por aproveitar uma comparação com o número de alunos da universidade para afirmar que o concelho de Belmonte possui menos habitantes do que a UBI estudantes. A autarca dividiu a sua exposição em dois pontos que considerou fundamentais na atuação do executivo neste mandato: a divulgação e a dinamização cultural para os habitantes do concelho e o aproveitamento do património histórico, cultural e religioso. A jovem vereadora reportou-se ainda ao desafio que a comunidade judaica da vila representa, bem como, nomeou a biblioteca municipal como um importante espaço de reeducação para a população. O último a ter a palavra foi o vereador da Câmara Municipal da Guarda, Vítor Amaral, que regressava à UBI depois de ter concluído o curso e o doutoramento em Ciências da Comunicação. O autarca conjuga os pelouros da Educação, Cultura e Turismo, um trio que o professor considera que se complementa. Para o antigo jornalista o poder local atualmente está muito mais capacitado e não tem dúvidas que criar no interior é sinónimo de dar abertura para os criadores. “Foi com a cultura que vi a janela da oportunidade”, confessou o vereador, natural de uma pequena aldeia do concelho da Guarda, que sente que os problemas do associativismo não podem ser resolvidos com um “simples” cheque, “é preciso fazer coisas e saber programar”. No final do painel ficou patente que atualmente a cultura se encontra de mãos dadas com o turismo e as áreas já não vivem uma sem a outra e representam um polo importante para as economias dos municípios da região do Interior. |
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