João Moreira tem 16 anos e vai frequentar o 11.º ano de escolaridade em 2017/2018. Residente em Lisboa, e apesar de faltar ainda algum tempo para entrar no Ensino Superior, quis conhecer a UBI e foi um dos 120 jovens a frequentar a Universidade de Verão desde ano. "Um irmão de um amigo meu tinha frequentado uma Universidade de Verão na UBI o ano passado e contou-nos que tinha sido uma experiência interessante e eu e um grupo de amigos decidimos experimentar este ano", conta o jovem.

Quanto à experiência, não tem dúvidas: "Gostei imenso, acho que foram atividades bastante produtivas, que nos deram a conhecer uma realidade universitária com a qual não estávamos familiarizados e acho que foi uma experiência bastante boa para nós". Depois de ter passado uma semana na Covilhã numa das residências de estudantes da UBI, João Moreira acredita que vai para casa com "mais noção do que se faz em cada um dos cursos que foram abordados e aconselharia a UBI a qualquer pessoa, sem dúvida. Adorei as instalações e o ambiente", sublinha. 

Também com 16 anos, Madalena Romana vai para o 12.º ano de escolaridade e já pensa no futuro universitário. Veio de Moura, no Alentejo, e diz ter "gostado muito" de uma cidade que ainda não conhecia. "Gostei muito da Covilhã, do ambiente da universidade, das instalações, das pessoas. Gostei de tudo", assegura e deixa uma certeza: "A UBI está a partir de agora numa das minhas possíveis opções". Só ainda não tem a certeza da área a seguir, mas andará entre uma Engenharia ou Medicina. Madalena acredita que a experiência "valeu muito a pena", sublinhando que se "deve repetir durante muitos anos e todos os jovens deviam aproveitar".

A Universidade de Verão propôs um programa de atividades para divulgar a UBI e o conhecimento científico e, ainda, dar a conhecer a cidade da Covilhã, envolvendo cerca de três centenas de pessoas das cinco faculdades e dos SASUBI.

Os diversos departamentos desenvolveram um total de 28 atividades preparadas para ir ao encontro dos interesses científicos dos participantes, que contactaram com experiências e conhecimentos científicos, de uma forma diferente daquilo a que estão habituados enquanto alunos do Secundário.

Por outro lado, a iniciativa incluiu atividades destinadas a mostrar a cidade e a região da Serra da Estrela, que também fazem parte da experiência universitária de quem estuda na UBI.

A coordenação da Universidade de Verão esteve a cargo do docente da Faculdade de Ciências da Saúde (FCS), Eduardo Cavaco. Depois da experiência de três edições anteriores na FCS, o docente explica que a ideia passou por "extrapolar para que houvesse uma Universidade de Verão conjunta a todas as faculdades". Eduardo Cavaco acredita que "esse objetivo foi atingido com o máximo sucesso", até porque se registou "uma forte participação, com mais de 70 alunos do Ensino Secundário que ficaram em lista de espera, o que revela bem o interesse e a procura pelo nosso programa da Universidade de Verão", sublinha.

"Houve também uma grande diversidade nas atividades levadas a cabo pelas diferentes faculdades e isto promoveu a diversidade e a liberdade de escolha mas, ao mesmo tempo, houve uma concentração, porque ganhámos um pouco mais de escala, porque nas atividades conjuntas praticamente algumas foram as mesmas que já tínhamos realizado na FCS, revelaram-se um sucesso", garante.

Por estes motivos, Eduardo Cavaco acredita que a Universidade de Verão 2017 "foi um estrondoso sucesso e que este projeto tem pernas para que possa durar e para que possa ser não só uma semana mas que possa ter lugar uma segunda, uma terceira semana de atividades ligadas à Universidade de Verão em cada ano letivo".

Outro dos trunfos da iniciativa relativamente a outras universidades de verão passa, "para além das condições da UBI e da localização geográfica, que estamos no interior mas estamos aqui no coração da Serra da Estrela com um enorme potencial, mas também pelo preço que praticamos, pelas atividades que oferecemos e pela experiência única que vivem como universitários".

O docente lembra que, "muitas vezes nas grandes cidades e noutras universidades não existe esse ambiente, os alunos vão à Universidade de Verão, entram às nove horas e às cinco horas vão para as suas casas e isso aqui não aconteceu. Tivemos mais de 80 por cento dos participantes a ficar nas residências universitárias, o que permitiu ainda estar mais de perto com a realidade universitária e o espírito académico, uma vez que uma equipa de mais de quarenta monitores entre todas as faculdades – alunos que frequentam a UBI - contribuíram fortemente para o sucesso conjuntamente com todos os colegas, os professores, e com todas as faculdades que desde a primeira hora disseram 'presente' a este projeto", sublinha.

Em relação ao futuro, Eduardo Cavaco considera que "esta é uma atividade fundamental para promover e divulgar aquilo que de bom se faz aqui na Universidade da Beira Interior e provavelmente depois haverá um estudo para saber quantos alunos destes no futuro não virão depois também para a Covilhã". De resto, e considerando as experiências anteriores, "nós temos esses resultados da Universidade de Verão da FCS e muitos ou mudaram de opção ou optaram por vir mesmo para a Covilhã estudar, o que revela que o contacto prévio numa fase de decisão da vida de muitos jovens com a realidade da universidade contribui fortemente para que eles possam clarificar a sua opção em termos de vocação e em termos daquilo que querem fazer da sua vida".