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Dia da Covilhã foi dia de promessas
Rafael Mangana · quarta, 25 de outubro de 2017 · Região O dia da cidade da Covilhã, 20 de outubro, foi este ano dia de tomada de posse do executivo covilhanense. O presidente da câmara reeleito, Vítor Pereira, garantiu que governará os destinos da cidade, promovendo a discussão entre todos os elementos que compõem o executivo, isto apesar da maioria absoluta conquistada. |
Vítor Pereira pretende gerir a autarquia com a colaboração de todos os vereadores eleitos |
21967 visitas Durante a tomada de posse do passado dia 20 de outubro, Vítor Pereira prometeu “avançar com todos, de promover o diálogo e a discussão serena e produtiva sobre as questões importantes para o futuro da nossa terra. A expressão popular mostrou inequivocamente apoio a uma forma de estar na política que se contrapõe ao autoritarismo, à busca permanente de conflitos e ao menosprezo dos adversários”, sublinhou. O presidente da Câmara da Covilhã reeleito pretende, ainda, executar um plano de reestruturação da dívida: “É nosso desejo abrir um processo de buscas de soluções de gestão financeira de forma a aproveitarmos as condições atuais de mercado de capitais no sentido de melhorarmos a caracterização da dívida municipal e os seus encargos. A manterem-se as atuais referências macrofinanceiras e a estabilidade orçamental, é previsível um melhoramento da situação financeira do município a partir do último trimestre de 2018. Com clareza queremos dizer que connosco não haverá repetição de ciclos recentes de descontrolo do endividamento da câmara”. É, também, durante este mandato que se resolverá a questão do Teatro Municipal da Covilhã. Vítor Pereira refere a “intenção de apresentar na primeira reunião ordinária de câmara, no próximo dia 3 de Novembro, a proposta de adjudicação das obras do Centro de Inovação Cultural, o nosso velhinho Teatro Municipal, que contamos esteja concluído em 2019”. Quanto ao novo executivo, terá quatro vereadores a tempo inteiro, sendo que Vítor Pereira ficará com 15 dos 43 pelouros, 12 dos quais partilhados. Manuel Santos Silva, anterior presidente da assembleia municipal da Covilhã, deu posse ao novo executivo. O docente da UBI exprimiu as suas expectativas em relação ao mandato que agora se inicia: “creio firmemente que nos encontramos num momento de substancial amadurecimento cívico e de expressão máxima da cidadania para podermos continuar a tecer o futuro com esperança, persistência, com verdade, lealdade e saber fazer, aliás estes valores frequentemente colocados em causa muitas vezes necessitam de tempo para se desfazerem equívocos e situações consideradas dúbias ou mesmo duvidosas”. Adolfo Mesquita Nunes foi eleito vereador pelo CDS-PP e garantiu estar “a cumprir o primeiro dos compromissos eleitorais que fiz, ao assumir o mandato de vereador. Faço-o com todo o gosto e procurarei que os 210 compromissos eleitorais que apresentei ao longo da campanha possam vir a ser aprovados por esta maioria socialista e procuro hoje, de forma mais convicta e reforçada, mostrar aos covilhanenses que é possível fazer política de forma diferente e fazer política pela positiva”. Carlos Pinto, eleito vereador pelo movimento De Novo Covilhã, não esteve presente na cerimónia de tomada de posse, uma posição lamentada pelo socialista Hélio Fazendeiro: “quero lamentar profundamente a ausência do cabeça de lista do movimento independente que não tomou posse e por aquilo que fez saber sem nenhum motivo nem razão aparentes. O PS considera ser uma falta de respeito profunda para com os covilhanenses, para com os órgãos câmara e assembleia municipal, juntas de freguesias e sobretudo para com o concelho”. Em comunicado com data de 20 de outubro, Carlos Pinto alega que, “conhecendo em profundidade a acusação do Ministério Público dirigida a quem vai dar posse (o ainda presidente da assembleia municipal) e a um dos empossados (o reeleito presidente da Câmara) – só por espírito de auto-masoquismo contemplativo, que não pratico” estaria presente. O vereador eleito pelo movimento “De Novo Covilhã” vai mais longe e sublinha que “não há memória de um presidente da Câmara se sujeitar a tomar posse, estando pendente um pedido de perda de mandato - por estar indiciado de crimes praticados no mandato anterior - fazem tábua rasa da gravidade do que se pode ler no despacho”. “Não estamos perante bagatelas jurídicas” e a leitura dos factos constantes na acusação “não deixa margem para dúvidas quanto ao que foi planeado minuciosamente, escondido do público e concretizado à revelia do direito e da lei, beneficiando particulares e prejudicando gravemente o município”, defende Carlos Pinto. O ex-autarca refere ainda que se recusou praticar “os mesmos atos ilegais e lesivos do município que me foram propostos ainda no meu mandato”. “Ninguém se surpreenda com o desfecho e não diga que não sabia desta pouca vergonha”, alerta Carlos Pinto, deixando o aviso: “face a estes novos e graves pressupostos - que não me podem deixar indiferente - ninguém espera silêncios na exclusiva defesa do interesse da Covilhã”. |
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